https://periodicos.ufv.br/RCH/issue/feed Revista de Ciências Humanas 2023-11-22T13:42:37-03:00 Odemir Vieira Baêta odemirbaeta@ufv.br Open Journal Systems <p>A<strong> Revista de Ciências Humanas</strong>, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal de Viçosa, editada desde 2001, é publicação semestral, com ênfase multidisciplinar. Tem como objetivo publicar trabalhos teóricos, práticos e de pesquisas desenvolvidos nas áreas de ciências humanas e sociais. Seu público são estudantes, professores, pesquisadores dessas áreas e o público em geral que se interesse pelas temáticas de sua cobertura. </p> https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/17438 Editorial 2023-11-22T09:08:37-03:00 Geraldo Adriano Emery Pereira geraldo.emery@ufv.br Nathalia Rodrigues da Costa nathaliarodrigues1304@gmail.com Thiago Cerqueira Lazier tclazier@gmail.com 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/17124 O tesouro perdido das revoluções entre permanências e rupturas 2023-10-25T10:53:50-03:00 Ana Luisa Lima Grein analuisagrein@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Em </span><em><span style="font-weight: 400;">On Revolution</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2006), Hannah Arendt aponta dois aspectos referentes ao fenômeno da revolução: aquilo que se perdeu e o que foi gerado com ele. Esse fenômeno está ligado à capacidade humana de agir e, assim, a revolução se trata de ação e criação. No âmbito político, isso remete à reelaboração da estrutura do corpo político da sociedade. Nesse sentido, </span><span style="font-weight: 400;">o recurso às entidades como os conselhos são entendidos enquanto um modelo aberto às rotações e transformações do tempo, que concomitantemente almejam lidar com elas de maneira durável, para conferir estabilidade do corpo político. Essas organizações de base tiveram papel essencial no seio das revoluções modernas e são o seu tesouro</span><span style="font-weight: 400;">. Porém</span><span style="font-weight: 400;">, o espírito revolucionário que leva à ação de criar algo novo se perdeu no transcorrer do fenômeno. Portanto, refletiremos sobre o tesouro perdido das revoluções e sua relação com a criação e durabilidade de novos corpos políticos.</span></p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/16607 Liberdade política e formação do mundo comum a partir do pensamento de Hannah Arendt 2023-09-15T13:34:14-03:00 Débora Gondim goisdebora@gmail.com Lucas Barreto Dias barreto.dias@uece.br <p><span style="font-weight: 400;">Este estudo apresenta uma reflexão a partir do pensamento de Hannah Arendt sobre a liberdade em seu sentido político, de forma a compreendermos a moderna existência da humanidade em um mundo comum. Observamos a eliminação da liberdade política através da homogeneização do comportamento humano que passa a substituir as pluralidades por condutas únicas, levando a um apagamento das distintas formas de ver e descrever o mundo. Arendt denomina esse processo de desmundanização, própria de um movimento de alienação do mundo e da eliminação dos espaços públicos. Para tanto, baseamo-nos nas obras de Arendt (2012; 2018a; 2018b; 2020), bem como nas interpretações de Duarte (2000), Alves Neto (2009) e de Tassin (2013). Iremos, nesse sentido, interpretar e refletir sobre o colapso do mundo enquanto um evento capaz de engendrar um sentimento de despertencimento e expulsão do mundo enquanto extingue a própria singularidade do ser humano.&nbsp;</span></p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/17122 O homem atomizado e a degeneração da democracia 2023-10-25T10:42:44-03:00 Alessando Marinelli de Oliveira alessandro.oliveira@uel.br Maria Cristina Müller cristinamuller@uel.br <p><span style="font-weight: 400;">A fragilidade da democracia e a sua aparente degeneração tem motivado reflexões sobre este tema. O avanço de governos autoritários, o descrédito à política, o desinteresse do homem em relação a ela e a falta de espaços públicos justificam esta cogitação. Objetivou-se demonstrar que a degeneração da democracia tem como um dos seus elementos constituintes o alheamento político do homem, desinteressado pela liberdade e felicidade públicas. Identificou-se o ser atomizado como o componente das sociedades massificadas dos séculos passado e presente, acolhidas pelos movimentos totalitários no projeto de domínio total. Utilizou-se como revisão bibliográfica os escritos de Hannah Arendt sobre o totalitarismo, o significado da política e do respeito à condição humana. Adotou-se como hipótese que o alheamento político, conjugado à força da ideologia e do terror, permitiu formas de governo que contrariaram a democracia moderna. Concluiu-se que movimentos totalitários podem ser evitados pelo prestígio ao espaço político.</span></p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/17121 O fenômeno da cultura de massas em Hannah Arendt 2023-10-25T10:28:08-03:00 Tamara Tainah Lopes e Silva tamaralopesttls@gmail.com José Luiz de Oliveira jlos@ufsj.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">Quando se trata de compreender os temas políticos da contemporaneidade, Hannah Arendt (1906-1975) desponta como uma das pensadoras mais notáveis e engajadas com as questões de seu próprio tempo, retirando das experiências concretas a base para iluminar a reflexão política do século XX. Com efeito, o presente artigo tem como objetivo apontar um caminho para a compreensão do fenômeno da cultura de massas a partir das considerações feitas pela intelectual de origem alemã. Nossa pretensão é refletir, à luz do pensamento arendtiano, sobre a problemática relação entre a sociedade moderna e a cultura. No decorrer do desenvolvimento humano, quando a massa da população, livre das pesadas jornadas de trabalho, passa a dispor de momentos de lazer, torna-se necessário conceber novas formas de entretenimento. Nesse contexto, Arendt volta sua atenção para o que acontece à cultura sob as discrepantes condições desse novo tipo de organismo social.&nbsp;&nbsp;</span></p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/17120 Imperialismo e a mentalidade burguesa em Hannah Arendt 2023-10-25T10:14:49-03:00 Dayana Ferreira de Sousa fsdayana@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Hannah Arendt examina que a conquista da liberdade política pela burguesia introduziu, na política, a alteração da noção de poder, entendida enquanto a esfera do consenso e do acordo de muitos, e a reduziu a uma máquina, cuja finalidade é a produção em excesso de riqueza e poder. Assim, o presente trabalho quer analisar, no pensamento político de Arendt, a introdução da prática de política mundial, essência do imperialismo, que forjou e difundiu uma mentalidade expansionista e autointeressada fundamentada nos princípios de progresso, dominação e manipulação, próprios da moderna sociedade burguesa, para o governo político. Ao final queremos evidenciar que tanto as atividades burguesas quanto a mentalidade do homem europeu, do final do século XIX, prepararam, de certo modo, o solo para a ulterior dominação totalitária. Este estudo está fundamentado no exame teórico entre as obras </span><em><span style="font-weight: 400;">Origens do totalitarismo</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1951), precisamente, a parte </span><em><span style="font-weight: 400;">Imperialismo</span></em><span style="font-weight: 400;">, e a obra </span><em><span style="font-weight: 400;">Sobre a violência</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1970).</span></p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/16165 Pensar a modernidade tecnocientífica e as implicações do Big Data à luz da fenomenologia da Vita Activa de Hannah Arendt 2023-09-19T15:24:43-03:00 Hugo Araújo Prado hugoaprado@yahoo.com.br <p>Este texto se propõe a realizar uma transposição crítica das implicações políticas e normativas do <em>big data</em> a partir da fenomenologia da <em>vita activa</em> de Hannah Arendt, enfatizando o conceito de pluralidade. Para tanto, a argumentação se divide em três partes, a saber: I. O fenômeno do <em>big data</em> e o problema do fim da crítica; II. Hannah Arendt e a modernidade tecnocientífica; III. Crítica, Pluralidade Humana e Behaviorismo de Dados.</p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/17119 A condição política do perdão em Hannah Arendt 2023-10-25T10:10:40-03:00 Cristian Tadeu da Silva cristian.silva@educacao.mg.gov.br José Luiz de Oliveira jlo@ufsj.com.br <p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho se volta para as análises arendtianas acerca do perdão presentes em “A Condição Humana” como fator fundamental para a manutenção das relações entre os homens. Em contrapartida ao “problema” do novo que a ação inicia, Arendt nos apresenta o conceito de perdão que visa a remediar a fragilidade dos assuntos humanos, isto é, as calamidades da ação e seu caráter duplamente comprometedor: a irreversibilidade e a imprevisibilidade. O perdão nos desobriga das consequências desses atos sobre os quais não temos controle, uma vez que essa ação e seus efeitos se inserem em uma teia complexa de relações e reações que se interligam e se afetam mutuamente, colocando-se para além de uma mera associação a preceitos religiosos. Dessa forma, o perdão se apresenta como condição política devido a esse aspecto secular e restaurador dos vínculos rompidos entre os homens, ante aos efeitos indesejáveis e incalculáveis da ação.</span></p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/16603 Diálogos entre Hannah Arendt e Bernard Charlot 2023-09-14T15:17:01-03:00 Ricardo Teixeira da Silva ricardo2022@usp.br <p><span data-contrast="auto">O presente texto tem por objetivo identificar como Hannah Arendt e Bernard Charlot relacionam espaço de experiência e horizonte de expectativas buscando elaborar uma narrativa entre a barbárie, nos termos de Arendt – advinda a partir do ineditismo dos campos de extermínio – e a neobarbárie, expressa pelo pós-humanismo, nos termos de Charlot, de modo a localizar os papéis da educação. Existe barbárie em qualquer situação, encontro ou relação entre humanos na qual um nega a humanidade do outro. Aquele que nega a humanidade do outro desconstrói o vínculo de pertencimento a um mundo comum, se colocando, a si mesmo, fora da humanidade. Charlot parte do princípio de que se acreditava que a barbárie recuava no mundo, sobretudo, graças à educação. Da desumanidade das fábricas de morte ao abandono sem referências, onde não se sabe muito bem por que vale a pena ser um ser humano – de modo a fantasiar tornar-se um ciborgue e dar lugar a pós-humanos –, quais papéis têm a educação? Apesar de não existirem, em Arendt e Charlot, prescrições acerca do que pensar ou de qual verdade defender, suas perspectivas oferecem caminhos para experienciar possibilidades novas, que dizem respeito à capacidade de pensar a partir do ponto de vista do outro, em Arendt, e a reintrodução da questão do Homem, no debate sobre educação, pensando uma antropopedagogia contemporânea, em Charlot.</span><span data-ccp-props="{&quot;134233118&quot;:false,&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559739&quot;:0,&quot;335559740&quot;:240}">&nbsp;</span></p> <p><span data-ccp-props="{&quot;134233118&quot;:false,&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559739&quot;:0,&quot;335559740&quot;:360}">&nbsp;</span></p> <p><strong><span data-contrast="auto">Palavras-chave:</span></strong><span data-contrast="auto"> Educação. Hannah Arendt. Bernard Charlot. Barbárie. Pós-humanismo.</span><span data-ccp-props="{&quot;134233118&quot;:false,&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559739&quot;:0,&quot;335559740&quot;:360}">&nbsp;</span></p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/16378 Hannah Arendt e contribuições aos estudos em Jornalismo/Comunicação 2023-08-14T21:40:09-03:00 Muriel Emídio Pessoa do Amaral murielamaral@yahoo.com.br <p>Hannah Arendt consagrou-se ao se debruçar para compreender as manifestações do mal, os regimes totalitários, a relação entre espaço público e espaço privado e outros pontos nos estudos da Filosofia e Filosofia Política. Por outro lado, suas contribuições podem alargar o campo do Jornalismo/Comunicação ao sugerir o contanto da ação política com a comunicação, o desenvolvimento do pensamento alargado como expediente adotado na apuração de notícia e a noção da pluralidade no espaço político.</p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/17123 O poeta e a cidade 2023-10-25T10:48:44-03:00 Natália Tavares Campos natalia.tavares@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Hannah Arendt recorre, por vezes, em sua obra, aos poetas, buscando encontrar em seus versos uma expressão aproximada do que acontecera entre os homens no mundo que estes têm em comum. Apresentando-os como aqueles aos quais caberia manter e cuidar do “depósito da memória”, a autora parecia estar convencida de que competia a estes “fazedores de linguagem” conservar, fazer perdurar na recordação tudo aquilo que deve sua existência exclusivamente aos homens, revelando, neste mesmo movimento, o seu significado e ensinando-lhes, ainda, “a aceitação das coisas tais como são”. Preservação e revelação que seriam possíveis precisamente por sua transformação em linguagem. Explorando, assim, o papel central da linguagem no laço estreito que vincularia, para Arendt, pensamento e experiência, pretendo, neste artigo, refletir acerca da possível “função política” que o poeta – ainda que ocupando uma posição exterior ao âmbito político, às relações de poder – desempenharia, na perspectiva arendtiana, na cidade. </span></p> 2023-11-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023