A diversidade africana nas Minas setecentistas:
o ensino de História como instrumento de combate ao racismo religioso
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v14i1%20Ed.%20Especial.21385Palavras-chave:
Ensino de História, Cultura afro-brasileira, Diversidade religiosaResumo
O presente relato de experiência visa apresentar reflexões sobre a atividade intitulada “A diversidade africana no Brasil setecentista”, trabalhada junto a estudantes da segunda série do Ensino Médio, na disciplina de História, realizada no Colégio de Aplicação (CAp-COLUNI) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A atividade foi planejada com o objetivo de desenvolver, junto aos discentes, a habilidade de compreender a complexidade e diversidade dos agentes históricos presentes na sociedade setecentista mineira, no contexto da mineração, analisando fatores culturais, econômicos e sociais especialmente ligados à escravidão moderna, além de pensar contribuições dos povos africanos daquela realidade e suas reverberações até o tempo presente, atendendo às diretrizes da Lei 10.639/2003. A metodologia adotada contou com aulas expositivas, nas quais foram utilizados recursos audiovisuais e documentos, além de trabalhos coletivos, buscando-se a participação discente na elaboração de discussões acerca da relação passado-presente, tais como questões relativas à violência contra religiões de matrizes africanas e o recorte de gênero em tais manifestações. Como resultado, compreendemos que a conjugação de diferentes materiais (documentos e audiovisual) se apresentaram como elementos potencializadores da aprendizagem e ao fomento da produção de conhecimento no âmbito do Ensino de História.
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