Capacidade antioxidante de flores de capuchinha (Tropaeolum majus L.)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47328/rpv.v9i1.9632

Resumo

As flores comestíveis são utilizadas na alimentação humana há centenas de anos a fim de melhorar a aparência e o sabor de diversos pratos na culinária. Dentre as flores que podem ser ingeridas, uma das mais conhecidas é a capuchinha (Tropaeolum majus L.), de origem mexicana e peruana, cuja coloração do cálice varia, podendo ser amarelo claro, alaranjado ou vermelha. A capuchinha é fonte de compostos bioativos, como a quercetina, as antocianinas, o ácido gálico, os ácidos clorogénicos e carotenoides, os quais conferem capacidade antioxidante a essas flores. Assim, transcendendo a sua aparência visual e o seu sabor, a capuchinha oferece benefícios à saúde da população devido aos seus compostos antioxidantes, que ajudam no combate de doenças crônicas, auxiliam na prevenção de degeneração muscular, de desordens imunológicas e da oxidação de lipoproteínas de baixa densidade. Tendo isso em vista, o objetivo do trabalho foi determinar a capacidade antioxidante das flores de capuchinha. As flores utilizadas foram as capuchinhas alaranjadas, amarelas e vermelhas. A determinação da capacidade antioxidante foi feita através do método ABTS. As flores de capuchinha vermelha apresentaram a maior capacidade antioxidante (13,59 ?mol de Trolox/g) seguido pelas flores alaranjadas (4,10 ?mol de Trolox/g) e amarelas (2,99 ?mol de Trolox/g). Este resultado pode ser explicado pela maior concentração de compostos fenólicos presentes nas flores vermelhas. Dessa forma, as capuchinhas, em especial as de flores vermelhas, poderiam ser mais utilizadas na alimentação humana devido aos seus potenciais benefícios para a saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAZYLKO, A. et al. Inhibition of ROS production, photoprotection, and total phenolic, flavonoids and ascorbic acid content of fresh herb juice and extracts from the leaves and flowers of Tropaeolum majus. Industrial Crops and Products, v. 55, p. 19–24, 1 abr. 2014.

BENVENUTI, S.; BORTOLOTTI, E.; MAGGINI, R. Antioxidant power, anthocyanin content and organoleptic performance of edible flowers. Scientia Horticulturae, v. 199, p. 170–177, 16 fev. 2016.

CORRÊA MP. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. v. 1. 1926.

DEMATTI MESP; COAN RM. Jardins com plantas medicinais. Jaboticabal: FUNEP. p.274, 2004.

FELIPPE, G.M. Entre o jardim e a horta: as flores que vão para a mesa. 2.ª edição. São Paulo: Senac. 2004.

FERNANDES, L. et al. Edible flowers: A review of the nutritional, antioxidant, antimicrobial properties and effects on human health. Journal of Food Composition and Analysis, v. 60, p. 38–50, 1 jul. 2017.

FONT QUER P. Plantas medicinales: el dioscórides renovado. Barcelona: Editorial Labor S.A., Tomo II, 637p. 1993.

FRIEDMAN, H. et al. Characterization of yield, sensitivity to Botrytis cinerea and antioxidant content of several rose species suitable for edible flowers. Scientia Horticulturae, v. 123, n. 3, p. 395–401, 4 jan. 2010.

GARZÓN, G. A.; WROLSTAD, R. E. Major anthocyanins and antioxidant activity of Nasturtium flowers (Tropaeolum majus). Food Chemistry, v. 114, p. 44–49, 2009.

GASPAROTTO JUNIOR, A. et al. Antihypertensive effects of isoquercitrin and extracts from Tropaeolum majus L.: Evidence for the inhibition of angiotensin converting enzyme. Journal of Ethnopharmacology, v. 134, n. 2, p. 363–372, 24 mar. 2011.

GASPAROTTO JUNIOR, A. et al. Mechanisms underlying the diuretic effects of Tropaeolum majus L. extracts and its main component isoquercitrin. Journal of Ethnopharmacology, v. 141, n. 1, p. 501–509, 7 maio 2012.

GASPAROTTO JUNIOR, A. et al. Natriuretic and diuretic effects of Tropaeolum majus (Tropaeolaceae) in rats. Journal of Ethnopharmacology, v. 122, n. 3, p. 517–522, 21 abr. 2009.

GOBBO-NETO, L., & LOPES, N. P. Plantas medicinais: fatores de influência no conteúdo de metabólitos secundários. Química Nova, 30(2), 374-381. 2007.

LI, B. et al. Inactivity of human β,β-carotene-9’,10’-dioxygenase (BCO2) underlies retinal accumulation of the human macular carotenoid pigment. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 111(28), p.10173–8, 2014.

KIM, G.-C. et al. Anti-adipogenic effects of Tropaeolum majus (nasturtium) ethanol extract on 3T3-L1 cells. Food & Nutrition Research, v. 61, n. 1, p. 1-8, 14 jan. 2017.

MELO, M. N. DE O. et al. Phenolic compounds from Viscum album tinctures enhanced antitumor activity in melanoma murine cancer cells. Saudi Pharmaceutical Journal, v. 26, n. 3, p. 311–322, 1 mar. 2018.

NASCIMENTO, A.L.A.A. Efeito de diferentes tempos de exposição à luz led vermelha em compostos bioativos de flores de capuchinha (tropaeolum majus L.)- Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Viçosa, 2019, 70p.

NEWMAN, S.E., & O’CONNER, A.S. Edible Flowers. CSU Extension; n. 7237. http://www.ext.colostate.edu/ pubs/garden/07237.html. 2009.

RE, R., PELLEGRINI, N., PROTEGGENTE, A., PANNALA, A., YANG, M., & RICE-EVANS, C. Antioxidant activity applying an improved ABTS radical cation decolorization assay. Free Radical Biology & Medicine, 1999.

RONCHETI, E.F.S. Efeito da radiação solar e da suplementação de luz led na biossíntese de compostos bioativos em flores de capuchinha (tropaeolum majus L.). Tese (doutorado). Universidade Federal de Viçosa, 2018, 92p.

SANTOS, A. P. E. et al. Efeito anticoagulante in vitro do extrato hidroetanólico de folhas e flores édulas de Tropaeolum majus L. (Tropaeolaceae) sobre o plasma humano. Latin American Journal of Pharmacy, v. 26, no 5, 2007.

SILVA, M. L. C., COSTA, R. S., SANTANA, A. S., & KOBLITZ, M. G. B. Compostos fenólicos, carotenóides e atividade antioxidante em produtos vegetais. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 31, n. 3, p. 669-682. 2010.

SIMÕES, V. N., et al. Síntese, caracterização e estudo das propriedades de um novo complexo mononuclear contendo quercetina e íon Ga (III). Química Nova, 36(4), 495-501. 2013.

SOUZA FILHO et al. Potencial alelopático de Myrcia guianensis. Planta Daninha, 24(4), 649-656. 2006.

Downloads

Publicado

30-06-2020

Como Citar

SOUZA, H. de A.; ALMEIDA NASCIMENTO, A. L. A. .; STRINGHETA, P. C.; BARROS, F. Capacidade antioxidante de flores de capuchinha (Tropaeolum majus L.) . Revista Ponto de Vista, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 73–84, 2020. DOI: 10.47328/rpv.v9i1.9632. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/RPV/article/view/9632. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Iniciação Científica