“Quando o Cerrado morre, é um pouco da gente que está morrendo”: As Mulheres Indígenas Xakriabá e seu papel na Proteção do Cerrado
DOI:
https://doi.org/10.21118/apgs.v17i2.18598Palavras-chave:
Cerrado, Práticas Laborais, Agroecologia Feminista., Mulheres Indígenas XakriabáResumo
Objetivo da pesquisa: Compreender como as mulheres indígenas Xakriabá atuam na proteção do Cerrado por meio de suas práticas laborais cotidianas.
Enquadramento teórico: Localizamos o estudo dentro da literatura apresentando a relação do povo Xakriabá com o Cerrado, seguido da apresentação teórica sobre o trabalho, bem como um panorama geral sobre o trabalho das mulheres Xakriabá na proteção de seu território.
Metodologia: Adotou-se abordagem descritiva qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas e diário de campo para coleta de dados. A análise dos dados foi realizada com base na Análise de Conteúdo de Bardin (2016).
Resultados: As mulheres indígenas Xakriabá desempenham um papel fundamental como guardiãs de seu povo e do Cerrado, principalmente por meio de suas atividades laborais cotidianas na escola indígena, na Associação Comunitária e no ativismo político, alinhando suas atividades aos princípios da agroecologia feminista.
Originalidade: A temática aborda uma lacuna significativa na literatura, uma vez que há poucos estudos específicos sobre o papel das mulheres indígenas no campo da Administração, especialmente no que diz respeito à interseção entre trabalho, agroecologia, preservação cultural e conscientização ambiental.
Contribuições teóricas e práticas: Introdução do conceito de agroecologia feminista nas discussões relativas a atividades laborais. O impacto prático reside na valorização do papel das mulheres indígenas e na orientação de políticas públicas mais eficazes para proteção dos povos indígenas, guardiões dos recursos naturais brasileiros.
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