AUTOGESTÃO: ESTADO OU PROCESSO? (RE)REFLETINDO AS EXPERIÊNCIAS NO VALE DO SÃO FRANCISCO

Autores

  • Ariadne Scalfoni Rigo Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Ana Carolina Araújo de Almeida Universidade Federal do Vale do São Francisco

DOI:

https://doi.org/10.21118/apgs.v1i3.4005

Palavras-chave:

Autogestão, Cooperativismo, Associativismo

Resumo

Este ensaio objetiva estimular a reflexão acerca do conceito e da prática de autogestão por meio da análise de experiências ou tentativas autogestionárias. Dois tipos de experiências ocorridas no Vale do São Francisco foram a base para tal intento. Uma refere-se à implementação de cooperativas agrícolas nos perímetros da região irrigados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF). Foi uma experiência repleta de aspectos que dificultaram o processo autogestionário. Outra remete à criação do assentamento rural Mandacaru, na qual notam-se elementos fundamentais do processo de autogestão. O que se pode apreender desta reanálise é que a autogestão deve ser vista como meio na procura de alternativas às relações de trabalho decorrentes de um sistema explorador, e não como um fim a ser alcançado. Deve ser vista como processo de grande valor social aos indivíduos envolvidos.

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Biografia do Autor

Ana Carolina Araújo de Almeida, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Graduanda em Administração pela Universidade Federal do Vale do São Francisco

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Publicado

2010-07-21

Como Citar

Scalfoni Rigo, A., & Araújo de Almeida, A. C. (2010). AUTOGESTÃO: ESTADO OU PROCESSO? (RE)REFLETINDO AS EXPERIÊNCIAS NO VALE DO SÃO FRANCISCO. Administração Pública E Gestão Social, 1(3), 294–314. https://doi.org/10.21118/apgs.v1i3.4005

Edição

Seção

Artigos