Redes sociais , atores e qualidade de vida: o caso do arranjo produtivo cafeeiro, Castelo/ES

Autores

  • Alessandra Vasconcelos Albergaria
  • Maria das Dores Saraiva de Loreto
  • Romário Gava Ferrão
  • Marcelo Miná Dias

Resumo

A análise sobre qualidade de vida envolve investigar o nível de formulação do próprio conceito de forma vivencial e experimental, com o intuito de identificar a visão do sujeito e sua família, de acordo com sua realidade, pressupondo que todos seus elementos são aglutinadores da vida social local e são fundamentais para a reprodução do tecido social.  Assim, o objetivo desse estudo foi analisar as dimensões concretas e subjetivas da qualidade de vida dos cafeicultores, examinando de que forma as redes sociais estabelecidas pelos e entre os agricultores familiares e o próprio arranjo produtivo cafeeiro, no qual eles estão inseridos, interferem na qualidade de vida dessas unidades familiares. Para tanto, foi feito uso do Modelo Teórico de Metzen et. al. (1980), cujas variáveis foram expressas em forma de questionário, aplicado junto a 128 cafeicultores do município de Castelo, localizado na região do sul do Estado do Espírito Santo. A análise objetiva e subjetiva da qualidade de vida permitiu compreender os fatores relacionados às necessidades concretas da população pesquisada, bem como suas dimensões subjetivas, que geralmente estão associadas tanto às suas redes de relacionamento quanto às aspirações do indivíduo/famílias, suas particularidades, vivências, valores, costumes e condições do espaço relacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alessandra Vasconcelos Albergaria

Graduada em Economia Doméstica e Estudante do Programa de Pós-Graduação em Economia Dompestica- UFV.

Referências

ALDERFER, C. P. An espiritual test of new thory of human needs. Organization Behaviour of Human Performance. v. 4, p. 142-175, 1969.
ALBAGLI, S. e BRITO, J. Arranjos Produtivos Locais: Uma nova estratégia de ação para o SEBRAE. Glossário de Arranjos Produtivos Locais. RedeSist, 2002. Disponível em: http://www.ie.ufrj.br/redesist Acesso em: 15 de jan. 2012.
BAGNASCO, A. La función de lãs cifafes em El desarrollo rural: La experiência italiana. In: FAO Internacional seminal on rural-urban linkages, Intermediates cities and decentralized development in the global economy. Taxco, Mexico, April 1997. p. 1-14.
BOWLING, A. Measuring health: a review of quality of life measurement scales. Philadelphia: Open University Press, 2007
CEBOTAREV, Apuntes sobre aspectos básicos em la calidad de La vida. In: Mujer, família y desarrollo. Manizales: Universidade de Caldas, 1994. P. 109-137.
COELHO, B. S. O turismo rural e suas potencialidades: uma anélise do processo de integração e implicações sobre a qualidade vida – Ipatinga, MG. 2005. Dissertação (Mestrado em Economia Doméstica) – UFV, Viçosa.
GLOZMAN, J. M. Quality of life caregivers. Neurpsychlogy Review, v. 14. N . 4, p 183-196, 2004.
GRANOVETTER, Mark. (1985), Economic action and social structure: the problem of embeddedness. American Journal of Sociology, 91 (3): 481-510
HERCULANO, S. C. A Qualidade de Vida e seus indicadores. Revista Ambiente e Sociedade, Campinas, UNICAP/NEPAM, ano 1, n 2, p. 77 – 99, 1998.
JURADO, E. V. FIGUEROA, C. A. Consideraciones metodológicas para evaluar la validad de vida. Salud Pública de Mexico . v. 44, n. 5, 2002.
LASTRES, H. M. M. Interagir para competir: promoção de arranjos produtivos e inovativos no Brasil. Brasília: SEBRAE, 2002.
MACIEL, M. L. (Org.) Pequena empresa: cooperação e desenvolvimento local. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.
MARSDEN, T. Rural Futures: The Consumption Countryside and its Regulation. Sociologia Ruralis. v. 39, n. 4, 1999. p.505-520.
MASLOW, A. H. Motivation and a personality. New York: Harper, 1970.
METZEN, E.; WILLIAM, F. L.; SHULL, J.; KEEF, D. R. Quality of life as affected by area of residence. I Project descript. Columbia: University Missoure, College of Agriculture, Agricultural Experiment Station, 1980. 112 p. (Research Bulletin, 1036).
MINAYO, M. C. S.; HARTZ, Z. M. A.; BUSS, P. M. Qualidade de Vida e Saúde: um debate necessário. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1): 7-18, 2000.
RAUD-MATTED, C. A construção social do mercado em Durkheim e Weber: análise do papel das instituições na sociologia econômica clássica. Revista Brasileira de Ciências Sociais - vol. 20 Nº, 2005.
SABOURIEN, E. Práticas de reciprocidade e economia de dádiva em comunidades rurais do Nordeste brasileiro, Raízes. N. 20, ano XVIII, novembro de 1999.
SCHMITT. C. J. Redes, Atores e Desenvolvimento rural: perspectivas na construção de uma abordagem relacional. Sociologias, Ano 13. n. 27, p. 82 – 112, 2011.
SEBRAE. Metodologia de desenvolvimento de arranjos produtivos locais. Brasília: Sebrae, 2004. 287p.
SOUZA, J. M. M. Qualidade de Vida em Assentamentos de Reforma Agrária: uma aproximação metodológica. Relatório de Pós-Doutoramento. Departamento de Economia Domestica, Universidade Federal de Viçosa, 2011.
TAMAKI, E. M. Qualidade de vida: individual ou coletiva? Ciência e Saúde Coletiva, v. 5, n . 1. p. 20-2, 2000
TEXEIRA. K. M. D. Estrutura e estilo de funcionamento das famílias brasileiras em situações estressantes:adaptações do modelo de Olson. Viçosa, MG: UFV, 1997. 82 p. Dissertação (Mestrado em Economia Doméstica).
TRIGLIA, C. La construction sociale du marché. Le defi Troisiene Italie. Paris: Julillet / Editions de I` ENS – Cachan, 1993.
PASCOAL, M.; DONATO, J. C. Aspectos psicofísicos e sócio-culturais da qualidade de vida. Movimento e Percepção, Espírito Santo de Pinhal-SP, v.5, n.6, p.92-117, 2005.
PORTUGAL, S. Contributos para uma Discussão do Conceito de Rede na Teoria Sociológica. Oficina do CES, nº 271, Março/2007, p. 1-35.
PORTUGAL, S. Novas Famílias, Modos Antigos. As redes sociais na produção de bem-estar, Tese de Doutoramento em Sociologia, Coimbra, FEUC, 2006.

Downloads

Publicado

2012-12-13

Como Citar

Albergaria, A. V., Loreto, M. das D. S. de, Ferrão, R. G., & Dias, M. M. (2012). Redes sociais , atores e qualidade de vida: o caso do arranjo produtivo cafeeiro, Castelo/ES. Oikos: Família E Sociedade Em Debate, 23(2), 163–190. Recuperado de https://periodicos.ufv.br/oikos/article/view/3637

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>