PRODUÇÃO DE LEITE POR VACAS MESTIÇAS EM FUNÇÃO DA SUPLEMENTAÇÃO COM CONCENTRADOS ENERGÉTICOS E/OU PROTÉICOS A PASTO OU CONFINADAS

Autores

  • Rogério de Paula Lana
  • Daniel Carneiro de Abreu
  • Pedro Felippe Castellain Barbosa de Cast
  • Rafael Monteiro de Araújo Teixeira
  • Belmiro Zamperline
  • Bruce dos Santos Barros Carlos de Souza

DOI:

https://doi.org/10.21206/rbas.v1i1.24

Resumo

Foram conduzidos três experimentos para avaliar os efeitos da suplementação energética e/ou protéica sobre a produção e composição do leite de vacas, com bezerros ao pé durante as ordenhas, em pastagens ou recebendo cana-de-açúcar ou capim-elefante picado, com acesso a mistura contendo uréia e sal mineral, durante o período da seca. Em cada experimento, oito vacas mestiças Holandês-Zebu (480 a 540 kg) foram distribuídas em dois quadrados latinos 4x4, em quatro períodos de sete dias. Os tratamentos consistiram de níveis crescentes de suplemento contendo 57% de milho e 43% de farelo de soja – MFS (0; 1,5; 3,0 e 6,0 kg/vaca/dia), farelo de trigo – FT (0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 kg) e farelo de soja – FS (0; 0,65; 1,3 e 2,6 kg). Os concentrados foram fornecidos duas vezes ao dia, durante as ordenhas. A análise estatística incluiu os efeitos de tratamentos (regressão polinomial), quadrado latino, animal dentro de quadrado latino e período, além do uso de modelos de saturação cinética. Não houve efeito de tratamento em nenhum dos experimentos, com média variando de 7,5 a 11,2 kg de leite/vaca/dia, embora a produção de leite tenha apresentado tendência curvilínea aos níveis de concentrados, seguindo o modelo de Michaelis- Menten. As seguintes equações de Lineweaver- Burk foram obtidas: Exp. 1: 1/Leite = 0,0394*(1/(MFS)) + 0,0866; Exp. 2: 1/Leite = 0,0061*(1/FT) + 0,0917; Exp. 3: 1/Leite = 0,0226*(1/FS) + 0,0825. A produção de leite máxima teórica (1/a) foi de 11,5; 10,9 e 12,1 kg/vaca/dia; a quantidade de concentrado para causar metade de Kmax (b/a = Ks) foi de 0,45; 0,06 e 0,27 kg; e a quantidade de concentrado para atingir a relação custo-benefício zero foi de 1,7; 0,9 e 1,25 kg para MFS, FT e FS, respectivamente. O aumento marginal na produção de leite pelo aumento na suplementação foi decrescente (0,94; 0,60 e 0,36 kg de leite/kg de MFS; 1,79; 0,28 e -0,11 kg de leite/kg de FT; e 1,57; 1,67 e 1,19 kg de leite/kg de FS). Modelos de saturação cinética são mais apropriados para se fazer recomendação de nutrientes em relação aos modelos lineares tradicionais.

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Publicado

2011-07-01

Como Citar

Rogério de Paula Lana, Daniel Carneiro de Abreu, Pedro Felippe Castellain Barbosa de Cast, Rafael Monteiro de Araújo Teixeira, Belmiro Zamperline, & Bruce dos Santos Barros Carlos de Souza. (2011). PRODUÇÃO DE LEITE POR VACAS MESTIÇAS EM FUNÇÃO DA SUPLEMENTAÇÃO COM CONCENTRADOS ENERGÉTICOS E/OU PROTÉICOS A PASTO OU CONFINADAS. Revista Brasileira De Agropecuária Sustentável, 1(1). https://doi.org/10.21206/rbas.v1i1.24

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