TY - JOUR AU - Góes, Juliana Morais de PY - 2022/10/03 Y2 - 2024/03/29 TI - Reflexões sobre pigmentocracia e colorismo no Brasil JF - REVES - Revista Relações Sociais JA - Rev. Relaç. Soc. VL - 5 IS - 4 SE - Invitation/Convite DO - 10.18540/revesvl5iss4pp14741-01i UR - https://periodicos.ufv.br/reves/article/view/14741 SP - 14741-01i AB - <p>Esse artigo analisa as relações raciais no Brasil a partir de dois conceitos: colorismo e pigmentocracia. Alice Walker cunhou o primeiro conceito para descrever um sistema racial-patriarcal, criado pela comunidade negra estadunidense, que valoriza peles claras em detrimento das peles escuras. Alejandro Lipschütz criou o segundo conceito para descrever as dinâmicas raciais de sociedades latino-americanas, que hierarquizam pessoas segundo características fenotípicas (especialmente a cor da pele). Através da justaposição desses conceitos e da literatura sobre raça e racismo no Brasil, argumenta-se que o termo pigmentocracia capta melhor a realidade brasileira do que o termo colorismo. Afinal, perde-se uma caraterística fundamental das dinâmicas raciais brasileiras ao analisar este país pelas lentes do colorismo: a forma como o mito da democracia racial se estrutura pela ideologia do embranquecimento e pela violência contra a subjetividade da população negra. Já o conceito pigmentocracia ilumina tanto a violência relacionada a valorização de características fenotípicas tidas como europeias quanto a violência relacionada ao mito da democracia racial e a ideologia do embranquecimento.</p> ER -