PREENSÃO MANUAL ENTRE MEMBRO DOMINANTE E NÃO DOMINANTE EM ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO DE JUDÔ
Palavras-chave:
artes marciais, judô, preensão manual, treinamento desportivo, desempenho atléticoResumo
O objetivo deste estudo foi verificar se existe diferença significativa entre força de preensão isométrica máxima (Fmax) absoluta e relativa entre o membro dominante e não dominante em atletas de alto rendimento de judô. A amostra foi composta por 21 atletas competidores em nível nacional, de ambos os sexos. Para verificar a Fmax, utilizouse um dinamômetro hidráulico de mão da Chattanooga Group. No tratamento estatístico, utilizou-se a média e desvio-padrão; na estatística inferencial, realizou-se o teste de normalidade de ShapiroWilk, e o teste t pareado para os dados paramétricos, considerando p<0,05. Quanto à Fmax absoluta no membro dominante (FmaxD), verificou-se média de 51,69 ± 9,93 quilogramas/força (kgf); no membro não dominante (FmaxND), a média foi de 50,46 ± 9,36 kgf para os homens. Nas mulheres, foi verificada média de 35,12 ± 6,93 kgf para FmaxD e, no membro não dominante, de 36,50 ± 6,30 kg/f de FmaxND, porém não se observou diferença significativa entre FmaxD e FmaxND nos dois grupos. Na Fmax relativa para os homens, verificou-se média de 0,64 ± 0,12 kgf*kg-1 no membro dominante (FmaxRD) e de 0,63 ± 0,13 kgf*kg-1 para Fmax relativa no membro não dominante (FmaxRND). Para as mulheres, observou-se média de 0,55 ± 0,15 kgf*kg-1 de FmaxRD e de 0,56 ± 0,10 kgf*kg-1 para FmaxRND; o teste t pareado não indicou diferença significativa entre FmaxRD e FmaxRND nos dois grupos. Conclui-se que o judô parece fortalecer a pressão manual bilateral em atletas competidores e que o desempenho dos atletas em ambos os sexos não mostrou diferenças significativas quando considerada a massa corporal total.
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