PREDIÇÃO DA INFLUÊNCIA DO IMC NA APTIDÃO FÍSICA DE JOVENS FUTEBOLISTAS

Autores

  • Sergio Sousa Mestrando em Educação Física do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu UEm/UEL.
  • Marcel Adilson Marangoni Professor do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste Paulista.
  • Wellington Roberto Hogera Rodrigues Bacharel em Educação Física pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).

Palavras-chave:

IMC, jovens, futebol, aptidão física

Resumo

O IMC é um método viável para aplicação em grandes populações, visto que não há necessidade de alto custo e de grande quantidade de avaliadores. Na ciência dos esportes e da saúde, essa variável tem sido aplicada em muitas pesquisas; no entanto, qual a influência que o índice de massa corporal exerce sobre a aptidão física de jovens futebolistas? O objetivo deste estudo foi investigar a influência do IMC na aptidão física de jovens futebolistas. Para isso, foram analisados 100 jovens futebolistas do sexo masculino do Estado de São Paulo, os quais possuíam entre 8 e 16 anos; eles foram separados pelas seguintes faixas etárias: entre 8 e 9 anos, com 30 participantes -- grupo 1 (G1); 10 e 11 anos, com 25 integrantes - grupo 2 (G2); 12 e 13 anos, com 30 jovens - grupo 3 (G3); e 14 e 15 anos, com 15 participantes - grupo 4 (G4). Os avaliados foram submetidos a duas baterias de testes no período de dois dias, compostas de avaliação antropométrica; no segundo dia, os participantes executaram os testes de aptidão física de flexibilidade e de potência de membros inferiores. Para tratamento estatístico, foi feita análise da normalidade (teste de ShapiroWilk) dos resultados e possíveis correlações (Pearson) entre as variáveis apresentadas; a significância adotada foi de p< 0,05. Nos grupos 2 e 4, o IMC demonstrou influência, com relações de -0,4 e 0,6, respectivamente. Conclui-se que, para as faixas etárias entre 10 e 11 anos e entre 14 e 15 anos, o IMC prediz influência nas variáveis de aptidão física, haja vista as relações encontradas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVES, J. V.; SCHWINDEN, R. M.; DETÂNICO, R. C.; KREBS, R. J.; MELO, S. I. L. Padrão motor do salto horizontal de crianças de 7 a 12 anos, considerando sexo, nível de atividade física e estado nutricional. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v.21, n.1, p.25-35, 1° trim. 2010.

BARBANTI, V. J. Dicionário de educação física e esporte. São Paulo: Manole, 2003.

BODAS, A.R.; LEITE, T.M.; CARNEIRO, A.L.G.; GONÇALVES, P.O.; SILVA, A.J.; REIS, V.M. A influência da idade e da composição corporal na resistência, flexibilidade e força em crianças e jovens. Fitness & Performance Journal, v.5, n.3, p.155-160, 2006.

BRAZ, T. V.; ARRUDA, M. Diagnóstico do desempenho motor em crianças e adolescentes praticantes de futebol. Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal, SP, v. 9, n. 13, jul./dez. 2008.

BRUCH, V. et al. Indicadores cronológico, morfológico e funcional e os estágios da maturidade em escolares do nordeste do Brasil: um estudo comparativo. Revista Motricidade, v. 3, n. 1, p. 315-322, 2007.

BRUNET, M.; CHAPUT, J. P.; TREMBLAY, A. The association between low physical fitness and high body mass index or waist circumference is increasing with age in children: the Quebec en Forme Project. International Journal Obesity, v. 31, n. 1, p. 637-43, 2007

CERVI, A.; FRANCESCHINI, S. C. C.; PRIORE, S. E. Análise crítica do uso do índice de massa corporal para idosos. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n. 6, p. 765-775, nov./dez. 2005.

COLEDAM, D. H. C.; ARRUDA, G. A.; OLIVEIRA, A. R. Efeito crônico do alongamento estático realizado durante o aquecimento sobre a flexibilidade de crianças. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v.14, n.3, p. 296-304, 2012.

CONTE, M.; DOMINGUES, S. P. T.; GODOI, V. J.; MÁS, E. F.; VAZATTA, R.; TEIXEIRA, L. F. M. Interação entre Vo2 máx, índice de massa corporal e flexibilidade. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v.2, n.2, p. 23-30, 2003.

DAROS, L. B.; OSIECKI, R.; DOURADO, A. C.; STANGANELLI, L. C. R.; FORNAZIERO, A. M.; FRISSELI, A. Análise comparativa das características antropométricas e de velocidade em atletas de futebol de diferentes categorias. Revista da Educação Física/UEM, v.19, n.1, p. 93-100, 1° trim. 2008.

DELLAGRANA, R. A.; SMOLAREK, A. C.; LAAT, E. F.; CAMPOS, W. Estado nutricional e desempenho motor de crianças praticantes de handebol. Fitness & Performance Journal, v. 9, n. 1, p. 72-77, jan./mar. 2010.

OLIVEIRA, R. A.; ARRUDA, M.; LOPES, M. B. S. Características do crescimento e do desenvolvimento físico de pré-adolescentes e a relevância do treinamento de longo prazo. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. III, n. 14, out./dez. 2007.

PAES, F. O.; UEZU, R.; MASSA, M.; BÖHME, M. T. S. Classificação e seleção de jovens atletas através da análise de cluster. Revista da Educação Física/ UEM, Maringá, v.19, n.3, p.369-375, 3° trim. 2008.

POETA, L. S.; DUARTE, M. F. S.; GIULIANO, I. C. B.; JUNIOR, J. C. F. Intervenção interdisciplinar na composição corporal e em testes de aptidão física de crianças obesas. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v.14, n.2, p. 134-143, 2012.

RÉ, A. H. N.; BOJIKIAN, L. P.; TEIXEIRA, C. P.; BÖHME, M. T. S. Relações entre crescimento, desempenho motor, maturação biológica e idade cronológica em jovens do sexo masculino. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, São Paulo, v.19, n.2, p.153-62, abr./jun. 2005.

SARAIVA, J. P.; RODRIGUES, L. P. Relações entre a atividade física, aptidão física, morfológica e coordenativa em crianças de 10 anos de idade. Revista da Educação Física/UEM, v.22, n.1, p. 1-12, 1° trim. 2011.

SCAGLIA, A. J. Escolinha de futebol: uma questão pedagógica. Revista Motriz, v.2, n.1, 1996.

SEABRA, A.; MAIA, J. A.; GARGANTA, R. Crescimento, maturação, aptidão física, força explosiva e habilidades motoras específicas. Estudo em jovens futebolistas e não futebolistas do sexo masculino dos 12 aos 16 anos de idade. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v.1, n.2, p.22-35, 2001.

SHETTY, P. S.; JAMES, W. P. T. Body mass index: a measure of chronic energy deficiency in adults. Rome: Food and Agriculture Organization of the United Nations, 1994.

SILVA, D. A. S.; PELEGRINI, A.; PETROSKI, E. L.; GAYA, A. C. A. Comparação do crescimento de crianças e adolescentes brasileiros com curvas de referência para crescimento físico: dados do Projeto Esporte Brasil. Jornal de Pediatria, v.86, n.2, p.115-120, 2010.

VITOR, F. M.; UEZU, R.; SILVA, F. B. S.; BÖHME, M. T. S. Aptidão física de jovens atletas do sexo masculino em relação à idade cronológica e estágio de maturação sexual. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, São Paulo, v.22, n.2, p.139-48, abr./jun. 2008.

Downloads

Publicado

2013-10-30

Como Citar

Sousa, S. ., Marangoni, M. A. ., & Rodrigues, W. R. H. . (2013). PREDIÇÃO DA INFLUÊNCIA DO IMC NA APTIDÃO FÍSICA DE JOVENS FUTEBOLISTAS. Revista Mineira De Educação Física, 21(3), 39–51. Recuperado de https://periodicos.ufv.br/revminef/article/view/10118