RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E A PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA CIDADE DE UBÁ/MG

Autores

  • Débora Cristina Virgilino Cruz Faculdade Governador Ozanam Coelho
  • Susana America Ferreira Faculdade Governador Ozanam Coelho
  • Cristiano Diniz da Silva Faculdade Governador Ozanam Coelho
  • Roberta Peconick de Magalhães Gomes Faculdade Governador Ozanam Coelho

Resumo

Há evidências de que o comportamento alimentar e a imagem corporal são criados ainda na adolescência; nessa fase, pode-se perceber uma crescente preocupação com o corpo, podendo haver a distorção de imagem. Essas distorções da imagem corporal que os adolescentes têm podem gerar atitudes inadequadas, que prejudicam seu crescimento e desenvolvimento físico e psicológico. Por meio das medidas antropométricas, pode-se identificar a propensão a riscos, ocasionada tanto pela magreza excessiva quanto pelo excesso de peso, propiciando um ponto de partida para as devidas e necessárias intervenções. O objetivo do presente estudo consistiu em verificar a correlação entre o IMC e a percepção da imagem corporal, através de questionário e teste de silhueta realizado com estudantes de ambos os sexos da rede pública de ensino da cidade interiorana de Ubá/MG. Para avaliação da percepção da imagem corporal foi aplicado o questionário Body Shape Questionnaire - BSQ (COOPER et al., 1987), bem como o teste de escalas de silhuetas. A amostra foi composta por 228 estudantes na faixa etária dos 11 aos 19 anos, sendo 82 meninos (14,1 ± 1,9 anos) e 146 meninas (14,3 ± 1,91 anos) da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. A análise percentual indicou a existência de diferenças em relação à Insatisfação Corporal (BSQ) entre gêneros na variável BSQ, estando o sexo feminino com média de ± 82,9; no sexo masculino esse dado não demonstrou significância, não se observando insatisfação com o corpo, sendo a média de ± 59,3. Os dados de percepção da imagem corporal apresentaram para o sexo feminino o PICR com média da silhueta de ± 3,00 e PICI com média da silhueta de ± 2,00. Para o sexo masculino, o PICR apresentou média da silhueta de ± 3,04 e PICI com média de ±3,24. Assim, não houve diferença significativa, indicando satisfação entre os meninos. O IMC dos indivíduos avaliados apontou que 15% dos meninos e 10% das meninas estão com baixo peso; 72% dos meninos e 74% das meninas estão eutróficos; 13% dos meninos e 24% das meninas estão com sobrepeso; e 14% dos meninos e 4% das meninas estão obesos. Conclui-se que a insatisfação com a imagem corporal foi mais prevalente no sexo feminino; o sexo masculino tende a aceitar a sua imagem corporal, mesmo dentro de um estado nutricional inadequado, enquanto as meninas parecem mais preocupadas com sua imagem corporal, estando mais insatisfeitas.

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Referências

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Publicado

2019-11-29

Como Citar

Cruz, D. C. V., Ferreira, S. A., Silva, C. D. da, & Gomes, R. P. de M. (2019). RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E A PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA CIDADE DE UBÁ/MG. Revista Mineira De Educação Física, 21(1), 21–31. Recuperado de https://periodicos.ufv.br/revminef/article/view/9351

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