COMÉRCIO JUSTO, SABERES LOCAIS E ARTICULAÇÃO DE ATORES: LIÇÕES DO PROJETO ARTE BANIWA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.21118/apgs.v1i4.4011Palavras-chave:
Comércio justo e solidário, Saber local, Economia socialResumo
Este artigo pretende apontar as possibilidades de desenvolvimento de práticas de comércio justo no Brasil a partir de um estudo de caso realizado no Projeto Arte Baniwa, uma iniciativa da Organização Indígcena da Bacia do Içana (OIBI) e da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), com o apoio do Instituto Socioambiental (ISA). A metodologia engloba pesquisa etnográfica com observação participante, além de uma revisão da bibliografia disponível sobre o tema. A análise do estudo de caso concentrou-se em dois eixos principais: o primeiro aborda a iniciativa a partir dos vínculos interorganizacionais existentes entre os parceiros (atores) e identifica a presença de duas lógicas distintas que permeiam o projeto; o segundo contempla a realidade de muitas experiências de comércio justo que crescem no país articuladas com projetos mais amplos de geração de renda e desenvolvimento local.
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