A Cirurgia Robótica nas Organizações Públicas de Saúde: O Caso do Instituto Nacional do Câncer (INCA)
DOI:
https://doi.org/10.21118/apgs.v1i3.4909Palavras-chave:
gestão em saúde, inovação, difusão, tecnologia, cirurgia robóticaResumo
O objetivo deste artigo é analisar o processo de implantação da cirurgia assistida por robótica no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de um estudo de caso realizado no Instituto Nacional de Cancer (INCA). Trata-se de um estudo qualitativo teórico-empírico, cujos dados foram coletados por meio de observação participante, documentos internos e entrevistas semi-estruturadas. As evidencias obtidas indicam a relevância do caso INCA para a incorporação definitiva da cirurgia robótica no SUS. Por um lado, relatos da área clinica não deixaram dúvidas dos benefícios da tecnologia para a qualidade de vida dos pacientes. Por outro, colheram-se indícios da falta de um consenso mais amplo sobre a relação custo-efetividade da robótica em hospitais públicos de países com o perfil socio, economico e demográfico brasileiro. Também há indícios de que o processo de adoção de tecnologias médicas de ponta não é uma decisão com critérios claramente definidos. Assim sendo, a inclusão dos procedimentos na tabela de remuneração revelou-se o grande desafio no processo de difusão da cirurgia robótica do SUS.
Downloads
Referências
Baek, S. et alli. (2012). Robotic versus conventional laparoscopic surgery for rectal cancer: a cost analysis from a single institute in Korea. World Journal of Surgery, 36(11), 2722-2729.
Ballantyne, G.H, & Moll, F. (2003). The da Vinci telerobotic surgical system: the virtual operative field and telepresence surgery. Surgical Clinics of North America, 83(6), 1293–1304.
Bardin, L. (1999). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, LDA,.
Bell, M. & Figueiredo, P.N. (2012). Innovation capability building and learning mechanisms in latecomer firms: recent empirical contributions and implications for research. Canadian Journal of Development Studies, 3(1), 14-40.
Button, V.L.S.N. & Oliveira, E.J.V. (2012). Uma estratégia de desenvolvimento para o sistema nacional de inovação de produtos médicos. Revista Brasileira de Engenharia Biomédica, 28 (2), 124-139.
Calil, S.J. (2011). Gestão de tecnologias hospitalares. In: VENCINA NETO, G.; MALIK, A.M. Gestão em Saúde. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Camarillo, D. B., Krummel, T. & Salisbury, K.J. (2004). Robotic technology in surgery: past, present, and future. The American Journal of Surgery, 188 (4), 2-15.
Christensen, J. F. (2006). Whiter core competency for the large corporation in an open innovation world? In: Chesbrough, H.W, & Vanhaverbeke, W. J. Open innovation: researching a new paradigm. New York: Oxford University Press.
Daniels, N. (2006). Toward ethical review of health system transformations. American Journal of Public Health, v (3), 447-451.
Dixon-Woods, M. et al. (2011). Problems and promises of innovation: why healthcare needs to rethink its love/hate relationship with the new. BMJ Quality & Safety, 20(1), 147-151.
Ekedahl, M. & Wengstrom, Y. (2008). Coping processes in a multidisciplinary healthcare team a comparison of nurses in cancer care and hospital chaplains. European Journal of Cancer Care, 7(1), 42-48.
Fichman, R G. (2000). The diffusion and assimilation of information technology innovations. In ZMUD R.B. (Dir.). Framing the domains of IT management: projecting the future through the past (pp. 105-127). Cincinnati: Pinnaflex Educational Resources Inc.
Figueiredo, P. N. (2009). Gestão da inovação: conceitos, métricas e experiências de empresas no Brasil. Rio de Janeiro: LTC.
Freeman, C. & Soete, L. (1997). The economics of industrial innovation. 3. ed. London: Frances Pinter.
Freire, R. P., Pitassi, C., Gonçalves, A.A., & Schout, D. (2012). Gestão de equipamentos médicos: o papel das práticas de qualidade em um hospital de excelência brasileiro. Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde, 8(8), 28-41.
Barbash, G.I., & Glied, SA. . (2010). New technology and health care costs—the case of robot-assisted surgery. New England Journal of Medicine, 363, 701–704.
Gaia, G. et alli. A. (2010). Robotic-assisted hysterectomy for endometrial cancer compared with traditional laparoscopic and laparotomy approaches: a systematic review. Obstet Gynecology, 116(6), 1422–1431.
Nakib, G. et alli. G. (2013). Robotic assisted surgery in pediatric gynecology: promising innovation in mini invasive surgical procedures. Journal of Pediatric and Adolescent Gynecology, 6(1), e5–e7.
Gibilisco S. (1994). The McGraw-Hill illustrated encyclopedia of robotics & artificial intelligence. New York: McGraw-Hill,
Giulianotti, P. C., et alli. (2003). Robotics in general surgery: personal experience in a large community hospital. Archives Surgery, 8(7), 777-784.
Gonçalves, A.A.; Pitassi, C. & Moreno, V.Jr . (2014). The case of Inca´s National Tumor Bank management system in Brazil. Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação (Online), 11(3), 549-568.
Gomes, P. (2011). Surgical robotics: reviewing the past, analyzing the present, imagining the future. Robotics and Computer-Integrated Manufacturing, 27(2), 261-266.
Hartley, J. (2005). Innovation in governance and public services: past and present. Public Money and Management, 25(1), .27-34.
Herzlinger, R. E. (2006). Why innovation in health care is so hard. Harvard Business Review, 84(5), 58-66.
Hughes, B. & Wareham, J. (2010). Knowledge arbitrage in global pharma: a synthetic view of absorptive capacity and open innovation. Research & Development Management, 40(3), 324-343.
Isaacson, W. (2014). The innovators: how a group of hackers, geniuses, and geeks created the Digital Revolution. New York: Simon & Schuster.
Lara, N. (2015). Diagnosis Related Groups (DRG’s) e seus efeitos sobre os custos e a qualidade dos serviços hospitalares. Instituto de Estudos de Saúde Complementar, Textos para Discussão, 54.
Levaggi, R., Moretto, M. & Rebba, V. (2009). Investment decisions in hospital technology when physicians are devoted workers. Economics of Innovation and New Technology, 18(5), 487-512.
Miles, M.B., Huberman. M.A. & Saldaña, J. (2014). Qualitative data analysis. A methods sourcebook. London: SAGE Publications.
Nof, S.Y. & Hall, N. G. (2007). Handbook of industrial robotics. Second Edition. New Jersey: John Wiley & Sons, Inc.
Kaplan, R.S. & Porter, M.E. (September 2011). How to solve the cost crises in health care. Harvard Business Review, 89(9), 47-64.
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-OCDE. (2007). Manual de Oslo - Diretrizes para a coleta e interpretação de dados sobre Inovação. 3ª ed., Tradução FINEP, Recuperado de http://download.finep.gov.br/imprensa/oslo2.pdf.
Orvieto M.A. et alli. (2011). Robotic technologies in surgical oncology training and practice. Surgical Oncology, 20(3), 203-209.
Porter, M.E. & Lee, T.H. (October 2103). The strategy that will fix health care. Harvard Business Review,. Disponível em https://hbr.org/2013/10/the-strategy-that-will-fix-health-care. Acesso em abril de 2015.
Powell, W.W.; White, D; R.; Koput, K.W. & Owen-Smith, Jason. (2005). Network dynamics and field evolution: the growth of interorganizational collaboration in the life sciences. American Journal of Sociology, 110(4), 1132-1205.
Rogers, E. M. (2003). Diffusion of innovations. New York: Free Press.
Schumpeter, J. (1934). The theory of economic development. Cambridge: Harvard UP.
Thakur, R.; Hsu, S. H.Y; Fontenot, G. (2012). Innovation in healthcare: Issues and future trends. Journal of Business Research, 65(4), 562–569.
Tidd, J., Bessant, J. & Pavitt, K. (2008). Gestão da inovação. Porto Alegre: Bookman.
Varkey, P., Horne, A. & Bennet, K.E. (2008). Innovation in health care: a primer. American Journal of Medical Quality, 23(5), 382-388.
Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
Windrum, P., Garcia-Goñi, M. & Fairhurst, E. (2010). Innovation in public health care: diabetes education in the UK. In: Gallouj F. & Djellal F. The Handbook of Innovation and Services: a multi-disciplinary perspective. Cheltenham, UK: Edward Elgar.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam na Revista de Administração Pública e GestãoSocial (APGS) devem concordar com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado soba Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalhopublicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional oucomo capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar críticas e sugestões proveitosas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Autores reservam o direito da editoria desta revista de efetuar, nos trabalhos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a atender sua política editorial e a manter opadrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
- Autores assumem exclusiva responsabilidade pelas suas opiniões emitidas nos trabalhos publicados nesta revista.