JOGAR PARA APRENDER OU APRENDER PARA JOGAR: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA ESPECIALIZADA EM FUTSAL DE DIAMANTINA/MG

Autores

  • Danilo Pires de Miranda Discentes do curso de Educação Física da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
  • Francisco Fernando Lopes Docente do Departamento de Educação Física da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
  • Leandro Batista Cordeiro

Palavras-chave:

futsal, processo ensino-aprendizagem, método

Resumo

O futsal conquistou definitivamente um espaço na cultura do Brasil e, nesse cenário de popularidade, torna-se necessário investigar temas relacionados à iniciação das crianças nessa modalidade. Nesse sentido, ganharam cada vez mais espaço as discussões e produções relativas às questões metodológicas vinculadas ao processo ensinoaprendizagem. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar quais os métodos utilizados no processo ensino-aprendizagem do futsal em uma escola especializada do município de Diamantina/MG, com crianças de 9 a 10 anos de idade, buscando identificar se elas aprendem para jogar (método analítico sintético) ou jogam para aprender (método global funcional). Tratou-se de um estudo de observação não participante, no qual, para desenvolvimento do estudo de campo, foram observadas 14 aulas. Durante a observação das aulas, os pesquisadores anotaram em um formulário as atividades desenvolvidas pelo treinador/professor, no intuito de qualificá-las como pertencentes ao princípio metodológico analítico sintético ou global funcional. Verificouse que o método analítico sintético foi o único utilizado nas aulas realizadas na quinta-feira (primeiro dia do treino semanal), e aos sábados (segundo dia do treino semanal) houve predomínio do jogo formal (coletivo), não sendo constatada nenhuma atividade vinculada ao método global funcional. Conclui-se, a partir das observações realizadas, que na escola pesquisada há a crença de que o aluno deve aprender as técnicas dos fundamentos do futsal isoladamente, para depois aplicá-las no contexto do jogo formal; ainda, vale destacar a inexistência de atividades e jogos lúdicos durante todas as aulas – fato esse considerado negativo quando o foco é a iniciação esportiva com crianças. 

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Publicado

2013-07-30

Como Citar

Miranda, D. P. de ., Lopes, F. F. ., & Cordeiro, L. B. . (2013). JOGAR PARA APRENDER OU APRENDER PARA JOGAR: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA ESPECIALIZADA EM FUTSAL DE DIAMANTINA/MG. Revista Mineira De Educação Física, 21(2), 163–174. Recuperado de https://periodicos.ufv.br/revminef/article/view/10137