Ação Social Imanente: A Rede de Educação do Semiárido Brasileiro

Authors

  • Lalita Kraus GPDES/IPPUR/Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.21118/apgs.v12i3.6212

Abstract

O objeto apresentado neste trabalho é a ação sociopolítica de uma rede sociogovernamental: a Rede de Educação do Semiárido Brasileiro – RESAB. Para tanto, será abordada a rede como uma forma de organizar a ação social no território semiárido brasileiro. A análise inclui a identificação dos elementos e das principais características, que definem a essência da rede enquanto institucionalidade política imanente, com o objetivo de articular a ação em rede, o conceito de imanência e suas consequências em termos de democracia. Do ponto de vista metodológico, foram realizadas entrevistas, observações não participantes nos encontros da rede e a análise dos documentos produzidos pela RESAB. A pesquisa revelou que a ação da RESAB possibilita inúmeras inovações sociais, embora exista ainda um sistema de comunicação que impede uma plena ação imanente.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Barabási, A. L., & Bonadeau, E. (2003). Redes sem escala. Revista Scientific American Brasil, 12 (13), 64-72.

Bringel, B., & Echart. (2008). Movimentos sociais e democracia: os dois lados das "fronteiras". Cad. CRH, 21 (54), 457-475. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792008000300004

Capra, F. (1999). O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. 21. ed. São Paulo: Cultrix.

Carvalho, L. D. (2007). As representações políticas e geográficas sobre o Semi-Árido Brasileiro e o planejamento e gestão territorial. In RESAB (Org.), Currículo, contextualização e complexidade: elementos para pensar a escola no Semi-Árido. Juazeiro/BA: selo editorial RESAB.

Castells, M. (2000). O Poder da Identidade. São Paulo: Paz e Terra.

Castells, M. (2013). Redes de indignação e esperança. Movimentos sociais na era da internet. Tradução: Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar.

Castoriadis, C. (1988). Pouvoir, politique, autonomie. Revue de Métaphysique et de Morale, 93 (1), 81-104.

Deleuze, G., & Guattari, F. (2002). O que é a filosofia?. São Paulo: Editora 34.

Della Porta, A., & Diani, M. (2006). Social movements: an introduction. Oxford: Blackwell publishing.
Diani, M. (2003). Networks and Social Movements: A Research Programme. In Diani, M. & McAdam, D. (Org.) Social Movements and Networks -Relational Approaches to Collective Action. Oxford: Oxford Univ. Press.

Diap - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. (2011). Bancada ruralista aumenta com o reforço de novos parlamentares”. Reporter Brasil. Recuperado de http://reporterbrasil.org.br/2011/01/bancada-ruralista-aumenta-com-o-reforco-de-novosparlamentares/

Egler, T. T. C. (2007). Ciberpólis: redes no governo da cidade. Rio de Janeiro: 7letras.

Gomes, G. M. (2001). Velhas secas em novos sertões: continuidade e mudanças na economia do semi-árido e dos cerrados nordestinos. Brasília: Ipea.

Gohn, M. da G. (2011). Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, 16 (47), 333 – 361. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n47/v16n47a05.pdf

Guattari, F. (2004). Psicanálise e transversalidade: ensaios de análise institucional. Aparecida /SP: Idéias & Letras.

Guimarães, F. de. (2004). Poder constituinte em Espinosa e Maquiavel: a perspectiva da imanência. Lugar Comum - Estudos de Mídia, Cultura e Democracia, 19-20, 41-61. Recuperado de http://uninomade.net/wp-content/files_mf/113003120832O%20poder%20constituinte%20em%20Espinoza%20e%20Maquiavel%20A%20perspectiva%20da%20iman%C3%AAncia%20-%20Francisco%20de%20Guimaraens%20.pdf

Hanneman, R. A. (2002). Propiedades básicas de las redes y de los actores. In Hanneman, R. A. Introducción a los métodos del análisis de redes sociales. Departamento de Sociología de La Universidad de California Riverside (capítulo 5). Recuperado de http://revista-redes.rediris. es/webredes/textos/Cap5.pdf

Hardt, M., & Negri, A. (2000). O império. Rio de Janeiro: Record.

Hardt, M., & Negri, A. (2005). Multidão: guerra e democracia na era do Império. Rio de Janeiro: Record.

Hobbes, T. (1985). Leviathan. London: Penguin.

Lévy, P. (2003). A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 4. ed. São Paulo: Loyola.

Lipnack, J., & Stamps, J. (1994). Rede de informações. São Paulo: Makron Books.

Machiavelli, N. (2013). Il principe. Milano: Feltrinelli.

Martinho, C. (2003). Redes - Uma Introdução Às Dinâmicas Da Conectividade E Da Auto-Organização. Brasília: WWF Brasil.

Martins, J. da S. (2005). Tecendo a rede. Notícias críticas do trabalho de descolonização curricular no semi-árido brasileiro e outras excedências (Tese de Doutorado). Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.

Melucci, A. (2001). A invenção do presente - Movimentos sociais nas sociedades complexas. Petrópolis: Vozes.

Ministério Do Meio Ambiente. (2008). Atlas das áreas susceptíveis à desertificação do Brasil. Brasília: Ministério do Meio Ambiente.

Moulaert, F., Martinelli, F., Swyngedouw, E., & Gonzalez, S. (2005). Towards Alternative Model(s) of Local Innovation. Urban Studies, 42 (11), 1669-1990.

Moura, S. (1997). A construção de redes públicas na gestão local: algumas tendências recentes. Revista de Administração Contemporânea. ANPAD, 1 (1), 67-85. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65551998000100005

Musso, P. (2013). A filosofia da rede. In Parente, A. (org.), Tramas da rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação (pp. 17 -38). Porto Alegre: Sulina.

Negri, A. (1981). L´anomalia selvaggia. Saggio su potere e potenza in Baruch Spinoza. Milano: Feltrinelli.

Negri, A. (2002). O poder constituinte: ensaio sobre as alternativas da modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.

Negri, A. (2006). Fabrique de porcelaine. Pour une nouvelle grammaire du politique. Paris: Stock.

Negri, A. (2012). Il comune in rivolta. Sul potere costituente delle lotte. Verona: Ombre Corte.

Passy, F. (2003). Social Networks Matter. But How?. In Diani, M., & Mcadam, D. (org.), Social Movements and Networks (pp. 21 - 48). Oxford/New York: Oxford University Press.

Rede de Educação do Semiárido Brasileiro – RESAB. (2006). Educação para a convivência com o Semi-Árido: reflexões teórico-práticas. 2a Edição, Juazeiro/BA: Secretaria executiva da rede de educação do Semi-Árido brasileiro, Selo editorial RESAB.

Rousseau, J. (1973). O Contrato social. In Os pensadores, vol. XXIV. São Paulo: Abril cultural.
Santos, B. de S. (2002). Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências”. Revista Crítica de Ciências Sociais, 63, 237-280.

Santos, B. de S. & Avritzer, L. (2002). Para ampliar o cânone democrático. In Santos, B de S. (org.), Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Scherer-Warren, I. (1999). Metodologia de redes no estudo de ações coletivas e movimentos sociais. In Scherer-Warren, I. (org), Cidadania sem fronteiras: ações coletivas na era da globalização (pp. 21-30). São Paulo: Hucitec.

Scherer-Warren, I. (2011). Redes da sociedade civil: advocacy e incidências possíveis. In Martinho, C., & Felix, C. (org.), Vida em rede: conexões, relacionamentos e caminhos para uma nova sociedade (pp. 65 - 86). Barueri, SP: Instituto C&A.

Singer, P. (1965). A política das classes dominantes. In Ianni, O. (org.). Política e revolução social no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Spinoza, B. (1994). Tratado político. Tradução de Norberto de Paula Lima. São Paulo: Ícone.

Published

2020-06-10

How to Cite

Kraus, L. (2020). Ação Social Imanente: A Rede de Educação do Semiárido Brasileiro. Administração Pública E Gestão Social, 12(3). https://doi.org/10.21118/apgs.v12i3.6212

Issue

Section

Articles