Mapa da violência contra mulheres negras

reflexões sobre racismo e gênero na sociedade brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32361/2021130211520

Palavras-chave:

Feminismo, Mulheres Negras, Violência, Classe

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o contexto da violência contra mulheres negras no Brasil e apresentar os altos índices dessas violações. Considerando que as mulheres são oprimidas de modos diferentes, é necessário discutir gênero com recorte de classe e raça. Com isso, a pesquisa baseia-se nos pressupostos teóricos de Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez, Djamila Ribeiro e Patrícia Hill Collins. É possível perceber uma diminuição das mortes de mulheres brancas; em contrapartida, as negras ainda têm os maiores índices de suas vidas violadas. Essa realidade é observada através da análise de dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2020). Diante disso, pode-se compreender que o diálogo sobre igualdade de gênero e racial é de extrema importância para incentivar o debate da proteção dos Direitos Humanos, e se destina a modificar essa realidade instaurada há séculos no Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ianne Galvão, Universidade Federal de Pernambuco

Mestranda em Direitos Humanos na Universidade Federal de Pernambuco. Pós-graduanda em Direito Previdenciário na Escola Superior da Advocacia. Bacharela em Direito pelo Centro Universitário Tabosa de Almeida. E-mail: iannegalvaoadv@hotmail.com.

Referências

BRASIL. Lei 11.340, de 07 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Publicada no Diário Oficial da União dia 07 de agosto de 2006.

BRASIL. Lei 11.104, de 09 de março de 2015. Lei que instituiu o Feminicídio. Publicada no Diário Oficial da União dia 09 de março de 2015.

CANEIRO, Sueli. Escritos de uma vida. Prefácio Conceição Evaristo, Apresentação Djamila Ribeiro. São Paulo: Pólen Livros, 2019.

CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008.

COLLINS, Patrícia Hill. Pensamento Feminista Negro: conhecimento,consciência e a política do empoderamento. Tradução Jamille Pinheiros Dias. 1 Ed – São Paulo: Boitempo, 2019.

FBSP- FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Ano 14. São Paulo, 2020.

GONZALES, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Revista Ciências Sociais Hoje. Anpocs, 1984, p. 223-244.

IPEA - INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA; FBSP - FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (Org.). Atlas da violência 2020. Rio de Janeiro: IPEA; FBSP, 2020.

LAGARDE, Marcela y de los Ríos. Del femicidio al feminicidio. Desde el jardín de Freud, Bogotá, n. 6, p. 216-225, 2006.

RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen Livros, 2019.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro?. 1ª Ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, Patriarcado e Violência. 2ª ed. São Paulo: Expressão Popular: Fundação Perseu Abramo, 2015.

SAFFIOTI, Heleieth. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.

Downloads

Publicado

01-06-2021

Como Citar

GALVÃO, I. Mapa da violência contra mulheres negras: reflexões sobre racismo e gênero na sociedade brasileira. Revista de Direito, [S. l.], v. 13, n. 02, p. 01–17, 2021. DOI: 10.32361/2021130211520. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/revistadir/article/view/11520. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos do dossiê