Que fazer da burocracia de estado? Do indiferentismo às reciprocidades
DOI:
https://doi.org/10.21118/apgs.v1i1.4822Palavras-chave:
Burocracia, tática, marxismo, socialismo libertário, perspectiva do trabalhoResumo
O trabalho desenvolve a posição de um socialismo libertário expresso por Maurício Tragtenberg que permite compreender o caráter problemático de que qualquer administração pública e que prescreve uma tática por etapas, isto é, a conquista da autogestão na produção, restringindo a atuação dos trabalhadores à esfera econômica. O texto sugere a tática por simultaneidade inspirada em Marx e que compreende a relação entre legalidade e contingência. Tal tática é aquela que autenticamente funde luta econômica e luta política considerando as reciprocidades existentes, para além do “participacionismo”, do formalismo democrático e do mero aperfeiçoamento do aparelho de dominação. O texto conclui que a melhor forma de administração pública é aquela que permite com que os antagonismos estruturais possam se expressar livremente, encontrando o caminho da resolução, ao invés de favorecer, quando muito, os mecanismos meramente conciliatórios.O trabalho desenvolve a posição de um socialismo libertário expresso por Maurício Tragtenberg que permite compreender o caráter problemático de que qualquer administração pública e que prescreve uma tática por etapas, isto é, a conquista da autogestão na produção, restringindo a atuação dos trabalhadores à esfera econômica. O texto sugere a tática por simultaneidade inspirada em Marx e que compreende a relação entre legalidade e contingência. Tal tática é aquela que autenticamente funde luta econômica e luta política considerando as reciprocidades existentes, para além do “participacionismo”, do formalismo democrático e do mero aperfeiçoamento do aparelho de dominação. O texto conclui que a melhor forma de administração pública é aquela que permite com que os antagonismos estruturais possam se expressar livremente, encontrando o caminho da resolução, ao invés de favorecer, quando muito, os mecanismos meramente conciliatórios.Downloads
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Referências
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2016-01-06
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Cunha, E. P. (2016). Que fazer da burocracia de estado? Do indiferentismo às reciprocidades. Administração Pública E Gestão Social, 1(1), 15–26. https://doi.org/10.21118/apgs.v1i1.4822
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