Que fazer da burocracia de estado? Do indiferentismo às reciprocidades

Autores/as

  • Elcemir Paço Cunha Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.21118/apgs.v1i1.4822

Palabras clave:

Burocracia, tática, marxismo, socialismo libertário, perspectiva do trabalho

Resumen

O trabalho desenvolve a posição de um socialismo libertário expresso por Maurício Tragtenberg que permite compreender o caráter problemático de que qualquer administração pública e que prescreve uma tática por etapas, isto é, a conquista da autogestão na produção, restringindo a atuação dos trabalhadores à esfera econômica. O texto sugere a tática por simultaneidade inspirada em Marx e que compreende a relação entre legalidade e contingência. Tal tática é aquela que autenticamente funde luta econômica e luta política considerando as reciprocidades existentes, para além do “participacionismo”, do formalismo democrático e do mero aperfeiçoamento do aparelho de dominação. O texto conclui que a melhor forma de administração pública é aquela que permite com que os antagonismos estruturais possam se expressar livremente, encontrando o caminho da resolução, ao invés de favorecer, quando muito, os mecanismos meramente conciliatórios.O trabalho desenvolve a posição de um socialismo libertário expresso por Maurício Tragtenberg que permite compreender o caráter problemático de que qualquer administração pública e que prescreve uma tática por etapas, isto é, a conquista da autogestão na produção, restringindo a atuação dos trabalhadores à esfera econômica. O texto sugere a tática por simultaneidade inspirada em Marx e que compreende a relação entre legalidade e contingência. Tal tática é aquela que autenticamente funde luta econômica e luta política considerando as reciprocidades existentes, para além do “participacionismo”, do formalismo democrático e do mero aperfeiçoamento do aparelho de dominação. O texto conclui que a melhor forma de administração pública é aquela que permite com que os antagonismos estruturais possam se expressar livremente, encontrando o caminho da resolução, ao invés de favorecer, quando muito, os mecanismos meramente conciliatórios.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Elcemir Paço Cunha, Universidade Federal de Juiz de Fora

Departamento de Ciências Administrativas

Programa de Pós-Gradução em Serviço Social

Programa de Pós-Gradução em Direito

Citas

Chasin, J. (2000a). As máquinas param, germina a democracia. In: Tomo III – Política. São Paulo: Estudos e Edições Ad Hominem, p. 79-108.
Chasin, J. (2000b). Democracia política e emancipação humana. In: Tomo III – Política. São Paulo: Estudos e Edições Ad Hominem, p. 91-100.
Marx, K., & Engels, F. (1988). Resolutions of the general congress held at the Hague. Lawrence & Wishart, Collected Works, v. 23.
Marx, K. (1985). Provisional rules of the association. Lawrence & Wishart, Collected Works, v. 20.
Marx, K. (1988a). General rules and administrative regulations of the international working men's association. Lawrence & Wishart, Collected Works, v. 23.
Marx, K. (1988b). On the Hague congress. Lawrence & Wishart, Collected Works, v. 23.
Marx, K. (1988c). Political indifferentism. Lawrence & Wishart, Collected Works, v. 23.
Marx, K. (1976). Moralising criticism and critical morality: a contribution to German cultural history. Contra Karl Heinzen. Collected Works, v. 6.
Marx, K. (1985). Miséria da filosofia. São Paulo: Global.
Marx, K. (2011). Guerra civil na França. São Paulo: Boitempo.
Marx, K. (2010a). Glosas críticas ao artigo "'O rei da Prússia e a reforma social'. De um prussiano". In: Marx, K. & Engels, F. Lutas de classes na Alemanha. São Paulo: Boitempo.
Marx, K. (2010b). A revolução de junho. In: Nova Gazeta Renana. São Paulo: EDUC, p. 126-130.
Marx, K. (2013). O capital. v. 1, São Paulo: Boitempo.
Mészáros, I. (2015). A montanha que devemos conquista. São Paulo: Boitempo.
Mészáros, I. (1995). Beyond capital. London: Merlin Press.
Paço-Cunha, E. (2013). Ante a sombra de Marx: silogismo hegeliano em Burocracia e Ideologia. Revista Espaço Acadêmico, v. 13, n. 150.
Paço Cunha, E., & Rezende, T.D.H. de. (2015). Via colonial e cogestão pública na democracia dos proprietários. Lavras, V Encontro Mineiro de Administração Pública, Economia Solidária e Gestão Social.
Paes de Paula, A. P. (2005). Por uma nova gestão pública. Rio de Janeiro: FGV.
Paes de Paula, A.P. (2008). Maurício Tragtenberg: contribuições de um marxista anarquizante para os estudos organizacionais críticos. Rio de Janeiro: Revista de Administração Pública, 42(5):949-68, SET./OUT.
Souza Filho, R. de. (2011). Gestão Pública e democracia: a burocracia em questão. Rio de Janeiro: Luman Juris.
Tragtenberg, M. (2009a). Trabalhador não ganha ‘boas festas’ nem ‘feliz ano novo’. In: A falência da política. São Paulo: Unesp, p. 335-337.
Tragtenberg, M. (2009b). Afinal, uma política de empregos. In: A falência da política. São Paulo: Unesp, p. 415-418.
Tragtenberg, M. (2009c). Quem pode controlar o Estado e a burocracia no Brasil. In: A falência da política. São Paulo: Unesp, p. 390-397.
Tragtenberg, M. (2009d). Lages, a cidade onde o povo tem o poder. In: A falência da política. São Paulo: Unesp, p. 24-27.
Tragtenberg, M. (2009e). Administração comunitária ressuscitou Boa Esperença. In: A falência da política. São Paulo: Unesp, p. 27-31.
Tragtenberg, M. (2009f). Uma revolução na revolução russa. In: A falência da política. São Paulo: Unesp, p. 139-148.
Tragtenberg, M. (2011a). Uma prática de participação: as coletivizações na Espanha (1936-1939). In: Teoria e ação libertárias. São Paulo: UNESP, p. 245-281.
Tragtenberg, M. (2011b). O mais importante é o povo de auto-organizar. In: Autonomia operária. São Paulo: Unesp, p. 24-27.
Tragtenberg, M. (2011c). “A cisão entre intelectual e manual: um grave problema”. In: Autonomia operária. São Paulo: Unesp, p. 27-29.
Tragtenberg, M. (2012). Administração, poder e ideologia. In: Educação e burocracia. São Paulo: Unesp, p. 43-76.
Tragtenberg, M. (1980). Administração, poder e ideologia. São Paulo: Moraes.
Tragtenberg, M. (1986). Reflexões sobre o socialismo. São Paulo: Editora Moderna.
Tragtenberg, M. (1988). A revolução russa. São Paulo: Atual.
Tragtenberg, M. (1991). Rosa Luxemburg e a crítica dos fenômenos burocráticos. In: Loureiro, I.M; Vigevani, T. Rosa Luxembug: a recursa da alienação. São Paulo: UNESP, p. 37-47.
Valverde, Antonio J. R. (2011). Travessia: o pensamento político de Tragtenberg. In: Valverde, Antonio J. R. (Org.). Maurício Tragtenberg: 10 anos de encantamento. São Paulo: EDUC, p. 135-149.

Publicado

2016-01-06

Cómo citar

Cunha, E. P. (2016). Que fazer da burocracia de estado? Do indiferentismo às reciprocidades. Revista De Administração Pública E Gestão Social, 1(1), 15–26. https://doi.org/10.21118/apgs.v1i1.4822

Número

Sección

Artículos