Determinantes da Decisão de Aposentadoria no Serviço Público
DOI:
https://doi.org/10.21118/apgs.v13i1.8895Palavras-chave:
gestão pública, política etária, gestão de recursos humanosResumo
A força de trabalho das organizações vem sofrendo as consequências do envelhecimento populacional, implicando em desafios para a administração pública. Alguns desses desafios são de incentivar o servidor público em prolongar o seu tempo de atividade e de prepará-lo para uma adaptação ao pós-carreira. O objetivo deste trabalho é analisar a influência dos fatores individuais, profissionais e do ambiente legal na decisão de aposentadoria. A metodologia utilizada é a Regressão Logística com dados coletados por meio de questionário aplicado a 83 servidores públicos. Os resultados indicaram que a decisão de continuar trabalhando após o direito à aposentadoria é influenciada por fatores individuais e profissionais. Os servidores do sexo feminino, que acham que a renda na aposentadoria será insuficiente, que percebem sua jornada de trabalho como flexível e que demonstraram satisfação e comprometimento com o trabalho caracterizaram-se como o perfil dos inclinados a continuar trabalhando após ter o direito de aposentadoria.Downloads
Referências
Adams, G. A.; Beehr, T. A. (1998). Turnover and retirement: A comparison of their similarities and differences. Personnel Psychology, 51: 643-665.
Adams, G.A. (1999). Career-related variables and planned retirement age: an extension of Beehr’s model. Journal of Vocational Behavior, 55 (2): 221-35.
Adams, G.A.; Rau, B. (2004). Job seeking among retirees seeking bridge employment. Personnel Psychology, 57: 719-744.
Albornoz, S. (1988). O que é trabalho? São Paulo: Brasiliense.
Atchley, R. C. (1989). A continuity theory of normal aging. The Gerontologist, 29: 183-190.
Beehr, T. A.; Glazer, S.; Nielson, N. L.; Farmer, S. J. (2000). Work and nonwork predictors of employees’ retirement ages. Journal of Vocational Behavior, 57: 206-225.
Beehr, T. A. (2014). To retire or not to retire: That is not the question. Journal of Organizational Behavior, 35 (8): 1093-1108.
Brasil. (2015). Lei Complementar n. 152, de 3 de dezembro de 2015. Dispõe sobre a aposentadoria compulsória por idade, com proventos proporcionais, nos termos do inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 04 dez. 2015a. Seção 1, p. 01.
Bressan, M. A. L. C.; Mafra, S. C. T.; França, L. H. de F. P.; Melo, M. S. de S.; Loreto, M. das D. S. de L. (2012). Trabalho versus aposentadoria: desvendando sentidos e significados. Oikos: Revista Brasileira de Economia Doméstica, 23 (1): 226-250.
Cardoso Júnior, J. C.; Nogueira, R. P. (2011). Ocupação no setor público brasileiro: tendências recentes e questões em aberto. Revista do Serviço Público, 62 (3): 237-260.
Charles, K. K.; DeCicca, P. (2007). Hours flexibility and retirement. Economic Inquiry, 45 (2): 251-267.
Cintra, T. S.; Ribeiro, D. F.; Andrade, A. S. (2010). O cotidiano de aposentados que continuam trabalhando de maneira informal na indústria calçadista: percepções sobre a aposentadoria e o trabalho atual. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 13 (2): 277-287.
Elder, G. H.; Johnson, M. K. (2003). The life course and aging: Challenges, lessons, and new directions. Invitation to the life course: Toward new understandings of later life, p. 49-81.
França, L. H. (2012). Envelhecimento dos trabalhadores nas organizações: estamos preparados? In FRANÇA, L.; STEPANSKY, D. (Orgs.), Propostas multidisciplinares para o bem-estar na aposentadoria. Rio de Janeiro: Quarter/FAPERJ. p. 25-52.
França, L. H.; Vaughan, G. (2008). Ganhos e perdas: atitudes dos executivos brasileiros e neozelandeses frente à aposentadoria. Psicologia em Estudo, 13 (2): 207-216.
Gielen, A. C. (2009). Working hour flexibility and older workers’ labor supply. Oxford economic papers, 61 (2): 240-274.
Gobeski, K. T.; Beehr, T. A. (2008). How retirees work: Predictors of different types of bridge employment. Journal of Organization Behavior, 39 (3): 401-425.
Hair, Jr. J. F.; Anderson, R. E.; Tatham, R. L.; Black, W. C. (2005). Análise multivariada de dados. 5. ed., Porto Alegre: Bookman.
Hatcher, C. B. (2003). The economics of the retirement decision. Retirement: Reasons, processes, and results, 136-158.
Ilmarinen, J. E. (2001). Aging workers. Occupational and environmental medicine, 58 (8): 546-546.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2016). Relações entre as alterações históricas na dinâmica demográfica brasileira e os impactos decorrentes do processo de envelhecimento da população. Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais.
Karasek, R. J. A. (1979). Job demands, job decision latitude, and mental strain: Implications for job redesign. Administrative science quarterly, 285-308.
Khoury, H. T. T.; Ferreira, A. de J. C.; Souza, R. A. de; Matos, A. P. de; Barbagelata-Góes, S. (2010). Por que aposentados retornam ao trabalho? O papel dos fatores psicossociais. Kairós. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Saúde, 13 (1).
Kim, J. E.; Moen, P. (2002). Retirement transitions, gender, and psychological well-being a life-course, ecological model. The Journals of Gerontology Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 57 (3): 212-222.
Kim, S.; Feldman, D. C. (2000). Working in retirement: The antecedents of bridge employment and its consequences for quality of life in retirement. Academy of management Journal, 43 (6): 1195-1210.
Menezes, G. S.; França, L. H. (2012). Preditores da decisão da aposentadoria por servidores públicos federais. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 12 (3): 315-328.
Moreira, J. O. (2011). Imaginários sobre aposentadoria, trabalho, velhice: estudo de caso com professores universitários. Psicologia em estudo, 16 (4): 541-550.
Pengcharoen, C.; Shultz, K. S. (2010). The influences on bridge employment decisions. International Journal of Manpower, 31 (3): 322-336.
Reitzes, D. C.; Mutran, E. J.; Fernandez, M. E. (1998). Does retirement hurt weil-being? Factors influencing self-esteem and depression among retires and workers. The Gerontologist, 36 (5): 649-656.
Romanini, D. P.; Xavier, A. A.; Kovaleski, J. L. (2005). Aposentadoria: período de transformações e preparação. Revista Gestão Industrial, 1 (3): 091-100.
Shacklock, K.; Brunetto, Y. (2005). Employees’ perceptions of the factors affecting their decisions to retire. International Journal of Organisational Behaviour, 10 (5): 740-756.
Shacklock, K.; Brunetto, Y. (2011). A model of older workers' intentions to continue working. Personnel Review, 40 (2): 252-274.
Shacklock, K.; Brunetto, Y.; Nelson, S. (2009). The different variables that affect older males' and females' intentions to continue working. Asia Pacific Journal of Human Resources, 47 (1): 79-101.
Shultz, K. S.; Wang, M. (2011). Psychological perspectives on the changing nature of retirement. American Psychologist, 66 (3): 170-183.
Talaga, J. A.; Beehr, T. A. (1995). Are there gender differences in predicting retirement decisions? Journal of Applied Psychology, 80 (1): 16-28.
Taylor, M. A.; Shore, L. M. (1995). Predictors of planned retirement age: an application of Beehr’s model. Psychology and Aging, 10 (1): 76-83.
Topa, G.; Moriano, J. A.; Depolo, M.; Alcover, C. M., Morales, J. F. (2009). Antecedents and consequences of retirement planning and decision-making: A meta-analysis and model. Journal of Vocational Behavior, 75 (1): 38-55.
Van Solinge, H.; Henkens, K. (2007). Involuntary retirement: The role of restrictive circumstances, timing, and social embeddedness. The Journals of Gerontology Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 62 (5): 295-303.
Van Solinge, H.; Henkens, K. (2009). Living longer, working longer? The impact of subjective life expectancy on retirement intentions and behavior. The European Journal of Public Health, 1-5.
Van Solinge, H.; Henkens, K. (2014). Work-related factors as predictors in the retirement decision-making process of older workers in the Netherlands. Ageing and Society, 34 (9): 1551-1574.
Walker, A. (2005). Trabalhadores mais velhos e envelhecimento ativo na Europa. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, 8: 7-33.
Wang, M.; Zhan, Y.; Liu, S.; Shultz, K. S. (2008). Antecedents of bridge employment: a longitudinal investigation. Journal of applied Psychology, 93 (4): 818-830.
Wang, M.; Shultz, K. S. (2010). Employee retirement: A review and recommendations for future investigation. Journal of Management, 36 (1): 172-206.
Zappalà, S.; Depolo, M.; Fraccaroli, F.; Guglielmi, D; Sarchielli, G. (2008). Postponing job retirement? Psychosocial influences on the preference for early or late retirement. Career Development International, 13 (2): 150-167.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Administração Pública e Gestão Social
Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 3.0 International License.
Autores que publicam na Revista de Administração Pública e GestãoSocial (APGS) devem concordar com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado soba Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalhopublicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional oucomo capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar críticas e sugestões proveitosas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Autores reservam o direito da editoria desta revista de efetuar, nos trabalhos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a atender sua política editorial e a manter opadrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
- Autores assumem exclusiva responsabilidade pelas suas opiniões emitidas nos trabalhos publicados nesta revista.