Epistemologias descoloniais do local ao global

memórias do movimento feminista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v10i.7149

Palavras-chave:

Feminismo descolonial, Movimento feminista, Ativismo

Resumo

O artigo busca refletir sobre a trajetória do movimento feminista na cidade de Pelotas/RS, a partir de narrativas das mulheres precursoras, visibilizando suas experiências no ativismo político, de acordo com o referencial feminista descolonial e das epistemologias do Sul, enquanto perspectivas vinculadas à resistência dos sistemas mundial globalizado capitalista. A metodologia utilizada é de cunho qualitativo e se compõe de narrativas autobiográficas. O corpus é originado de quatro entrevistas narrativas de mulheres sob o enfoque da participação política feminista. No procedimento de análise destacaram-se as categorias interseccionalidade e empoderamento social. Como resultados ressaltamos a importância de se conhecer e resgatar a história de construção do movimento das mulheres feministas em relação aos direitos das mulheres.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana Lessa Cardoso, Universidade Federal de Pelotas

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Pelotas. Bolsista CAPES. 

Márcia Alves da Silva, Universidade Federal de Pelotas

Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. Coordenadora do grupo de pesquisa D’generus: Núcleo de Estudos Feministas e de Gênero. 

 

Referências

BERTH, Joice. O que é empoderamento? Belo Horizonte, MG: Letramento, 2018.

COLLINS, Patrícia Hill. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo. São Paulo, v. 5, n. 1, p. 6-17, jan./jun. 2017.

CURIEL, Ochy. Crítica poscolonial desde las prácticas políticas del feminismo antirracista. Revista Nómadas. Bogotá, Colombia, n. 26, p. 92-101, abr. 2007.

CURIEL, Ochy. Descolonizando el feminismo: una perspectiva desde America Latina y el Caribe. In: Primer Coloquio Latinoamericano sobre Praxis y Pensamiento Feminista. Anais... Buenos Aires, Argentina, Junio 2009.

DELORY-MOMBERGER, Christine. Abordagens metodológicas na pesquisa biográfica. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, v. 17, n. 51, p. 523-536, set./dez. 2012.

EGGERT, Edla. Artesãs, histórias de vida e fios criadores: quando o biográfico e o autobiográfico se encontram. In: EGGERT, Edla; FISCHER, Beatriz Terezinha Daudt (org.). Gênero, geração, infância, juventude e família. 1 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. p. 57-69.

FEDERICI, Silvia. O calibã e a Bruxa: mulheres, corpos e acumulação primitiva. Tradução de Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.

GARGALLO, Francesca. Las ideas feministas latinoamericanas. 1 ed. México: Ediciones fem-e-libros, 2004.

GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado. Brasília, v. 31, n. 1, p. 25-49, jan./abr. 2016.

JOVCHELOVITCH, Sandra; BAUER, Martin W. Entrevista narrativa. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Tradução de Pedrinho Guareschi. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 90-113.

LAGARDE Y DE LOS RÍOS, Marcela. Los Cautiverios de las mujeres: madresposas, monjas, putas, presas y locas. 2 ed. México: Siglo XXI Editores, 2015.

MENDOZA, Breny. La epistemología del sur, la colonialidad del género y el feminismo latinoamericano. In: MIÑOSO, Yuderkys Espinosa; CORREAL, Diana Gómez; MUNÕZ, Karina Ochoa (org). Tejiendo de otro modo: feminismo, epistemología y apuestas descoloniales em Abya Yala. Popayán: Editorial Universidad del Cauca, 2014. p. 91-103.

MIGNOLO, Walter. Novas reflexões sobre a “idéia da América Latina”: a direita, a esquerda e a opção descolonial. Caderno CRH. Salvador, v. 21, n. 53, p. 239-252, maio/ago. 2008.

PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (org). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. p. 84-130.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas Latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.

ROSENTHAL, Gabriele. Pesquisa social interpretativa: uma introdução. Tradução de Tomás da Costa. 5 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia dos saberes. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. p. 31-83.

SARTI, Cynthia Andersen. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v. 12, n. 2, p. 35-50, maio/ago. 2004.

VARGAS, Francisco Eduardo Beckenkamp. Mercado de trabalho, desigualdades e observação da realidade social. Observatório Social do Trabalho. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política – UFPel. Pelotas: RS, 08 mar. 2017.

Publicado

2019-12-29

Como Citar

CARDOSO, A. L.; SILVA, M. A. da. Epistemologias descoloniais do local ao global: memórias do movimento feminista. Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 10, p. e019041, 2019. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v10i.7149. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/7149. Acesso em: 4 nov. 2024.