COMPORTAMENTO DE FUGA DE FOLSOMIA CANDIDA EXPOSTOS A SOLOS CONTAMINADOS COM AMETRINA

Autores

  • Juliana Jacomini Oliveira UNICAMP https://orcid.org/0000-0002-0370-3305
  • Letícia de Jesus Ferreira Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP
  • Cassiana Maria Reganhan Coneglian Universidade Estadual de Campinas –UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.21206/rbas.v11i1.12536

Palavras-chave:

Ecotoxicologia, Collembola, ametrina

Resumo

O Brasil está entre os países que mais consomem agrotóxicos do mundo. De 2019 a junho de 2020, 653 novos agrotóxicos foram registrados, o maior número de liberação já visto. Em 2020 foi registrado 343 novos produtos e utilizar a fauna edáfica como bioindicadores da qualidade do solo são de grande importância para entender os efeitos que esses agrotóxicos podem causar nos organismos, podendo alterar a estabilidade dos ecossistemas, pois é no solo onde a fauna edáfica mantém os processos ecológicos fundamentais. Um dos agrotóxicos utilizados nas grandes monoculturas brasileira é o herbicida ametrina, classificação toxicológica Classe III, medianamente tóxico, utilizado nas culturas de cana-de-açúcar, café e outras. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da aplicação de diferentes doses de ametrina e avaliar o comportamento de fuga de colêmbolos da espécie Folsomia candida. Foram utilizadas 4 concentrações de ametrina mais o controle em triplicata, em latossolo vermelho. A distribuição dos indivíduos permaneceu dentro da faixa de 40 a 60% no controle duplo, no caso, 50% e a mortalidade dos colêmbolos foi inferior a 20%. A fuga dos colêmbolos ocorreu já na primeira dose de ametrina (2,8 ?l/kg de solo seco) e na dose máxima (22,2 ?l/kg de solo seco) obteve a maior porcentagem de fuga, 46,6%. Não foi encontrado um percentual de fuga maior ou igual a 80% que demonstra toxicidade, porém os organismos preferiram o solo controle na maioria das amostras, 62,71%, indicando um alerta de possível toxidade. De acordo com o teste de Fisher, não foi encontrada diferença significativa mesmo a fuga sendo observada. Mesmo não sendo demonstrado toxicidade neste estudo, são necessários mais estudos para fomentar resultados que evidenciem o impacto que esses ativos podem causar na reprodução dessa e outras espécies não-alvos, a saúde do ambiente e consequentemente a saúde humana

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Biografia do Autor

Letícia de Jesus Ferreira, Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP

Doutoranda em Tecnologia e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP campus Limeira, Rua Paschoal Marmo,
1888- Jd. Nova Itália, CEP: 13484332, Limeira, SP. E-mail: juliana.biofv@hotmail.com

Cassiana Maria Reganhan Coneglian, Universidade Estadual de Campinas –UNICAMP

Professora Dr.ª na Faculdade de Tecnologia da
Universidade Estadual de Campinas –UNICAMP campus Limeira

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Publicado

2021-10-30

Como Citar

Jacomini Oliveira, J., de Jesus Ferreira, L. ., & Maria Reganhan Coneglian, C. (2021). COMPORTAMENTO DE FUGA DE FOLSOMIA CANDIDA EXPOSTOS A SOLOS CONTAMINADOS COM AMETRINA. Revista Brasileira De Agropecuária Sustentável, 11(1), 315–321. https://doi.org/10.21206/rbas.v11i1.12536