Dificuldades para a expansão do Pastoreio Racional Voisin, segundo a percepção de extensionistas rurais catarinenses
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v12i1.14289Palavras-chave:
Assistência técnica, Extensão rural, Método rotativo, Pastagens, Pastoreio racionalResumo
O trabalho visou coletar a percepção de extensionistas rurais (ER) sobre a possível resistência de produtores ao Pastoreio Racional Voisin (PRV) e as dificuldades que cercam a adoção e consolidação do método. O público amostral incluiu 86 ER em atuação no Oeste Catarinense, vinculados à Epagri, Senar, prefeituras, cooperativas, ONGs, bem como profissionais autônomos. O estudo envolveu a avaliação das respostas dadas a duas questões abertas de um questionário sobre PRV, submetidas à técnica da Análise de Conteúdo, sendo as categorias de análise definidas a partir das respostas e sua interpretação. Cerca de 70% dos ER consideram que há preconceito e/ou resistência dos produtores em relação ao PRV. As dificuldades apontadas foram classificadas em seis categorias (classes de fatores), relativas ao próprio produtor, ao sistema ou modelo de produção, à assistência técnica, às concepções técnicas e filosóficas do PRV, à visão dos atores sobre o método em si, e a aspectos mercadológicos e conjunturais externos. O limitado conhecimento e entendimento do produtor rural sobre o método foi o aspecto mais pontuado pelos ER, tendo sido mencionado por 55% dos participantes. A baixa adoção do PRV revela-se uma questão multicausal, que envolve aspectos tanto do ambiente “dentro da porteira”, quanto “fora da porteira”, sugerindo que uma maior adesão ao método requer ações em várias frentes, inclusive uma melhor capacitação técnica e difusão tecnológica.
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