RESPOSTA DE CULTIVARES DE BATATA A NÍVEIS DE INFESTAÇÃO DE LARVA-ALFINETE

Autores

  • Calisc de Oliveira Trecha UFPel
  • Letícia Hellwig UFPel
  • Carlos Rogério Mauch UFPel
  • Willian Silva Barros Ufpel
  • Ana Paula Schneid Afonso da Rosa

DOI:

https://doi.org/10.21206/bjsa.v7i4.427

Palavras-chave:

Consumo, Solanum tuberosum, infestação, Diabrotica speciosa, tubéculos.

Resumo

A cultura da batata é considerada uma das mais importantes do mundo, superada em produção, apenas pelo trigo, milho e arroz. O cultivo da batata sofre com problemas fitossanitários decorrentes do ataque de insetos, com destaque para a Diabrotica speciosa (Germar 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae), cujas injúrias por suas larvas causam consideráveis danos aos tubérculos. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a produção de tubérculos de duas cultivares de batata quando as plantas foram infestadas com diferentes densidades larvais de D. speciosa em diferentes épocas de desenvolvimento das plantas em casa de vegetação, nas safras de verão e outono. Plantas das cultivares, Agata e BRS Clara, foram infestadas com 0, 5, 15, 30 e 40 larvas/planta, aos 14, 30, 40 e 50 dias após a emergência (DAE) das plantas. O número de cinco larvas agrava o índice de ataque aos tubérculos de ambas as cultivares, no verão, período favorável para o desenvolvimento do inseto.

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Biografia do Autor

Calisc de Oliveira Trecha, UFPel

Engenheira Agrônoma formada pela Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM/UFPel - 2009). Possui Mestrado em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar (FAEM/UFPEL- 2014). Atualmente, bolsista CAPES de Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar pela Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia e Entomologia, atuando principalmente na transição agroecológica, manejo fitossanitário e plantas bioativas.

Letícia Hellwig, UFPel

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Pelotas, (FAEM/UFPel - 2012). Mestre em Ciências (área de concentração em Entomologia) pela Universidade Federal de Pelotas, (FAEM/UFPel - 2015). Atualmente, bolsista CAPES de Doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar pela Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Entomologia, atuando principalmente na transição agroecológica, através dos seguintes temas: manejo fitossanitário, plantas bioativas, controle biológico conservativo e manejo do habitat.

Carlos Rogério Mauch, UFPel

Graduado em Agronomia (UFPel, 1988), Mestre em Fitotecnia (UFRGS, 1993) e Doutor em Agronomia (Universidad Politécnica de Valencia-España , 2001), com título revalidado no Brasil como Doutor em Ciências na área de Biotecnologia Agrícola (2001, UFPel). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Pelotas, desenvolvendo suas atividades profissionais (ensino e pesquisa) na área de Horticultura/Olericultura. Orientador de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar da UFPel onde atua na linha de pesquisa ?Processos biológicos nos sistemas de produção agrícola? com ênfase em ?Produção hortícola em sistemas de transição agroecológica?. No âmbito administrativo foi coordenador do PPGAgronomia/UFPel por dois mandatos (2003-2005, 2005-2007), do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar/UFPel (2009-2011 e 2011-2012) e conselheiro no Conselho Universitário da UFPel (2006-2008). Atua nas atividades de graduação e pós-graduação da UFPel. Consultor ad hoc da Revista Ciência Rural, Revista Brasileira de Agrociência e Horticultura Brasileira. Consultor ad hoc CAPES. Avaliador Institucional e de cursos do sistema INEP/SINAES/MEC. Vice-Reitor da UFPel (01/2013-12/2013).

Willian Silva Barros, Ufpel

Atualmente é professor Adjunto da Universidade Federal de Pelotas - UFPel. Tem experiência na área Estatística, Genética e Melhoramento. Atua como consultor ad-hoc de artigos nas revistas científicas nacionais e internacionais. Possui graduação em Agronomia (2002) pela Universidade Federal de Viçosa - UFV, mestrado em Genética e Melhoramento (2004) pela UFV, doutorado em Genética e Melhoramento (2007) pela UFV e pós-doutorado (2008) pela UFV. Foi pesquisador da Universidade Federal do Amazonas - UFAM (2008-2009).

Ana Paula Schneid Afonso da Rosa

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (1998), mestrado em Programa de Pós Graduação Em Fitossanidade pela Universidade Federal de Pelotas (2001) e doutorado em Programa de Pós Graduação Em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2005). Atualmente é pesquisador da Embrapa Clima Temperado. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Entomologia Agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo integrado de pragas e controle químico.

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Publicado

2018-02-05

Como Citar

Trecha, C. de O., Hellwig, L., Mauch, C. R., Barros, W. S., & da Rosa, A. P. S. A. (2018). RESPOSTA DE CULTIVARES DE BATATA A NÍVEIS DE INFESTAÇÃO DE LARVA-ALFINETE. Revista Brasileira De Agropecuária Sustentável, 7(4). https://doi.org/10.21206/bjsa.v7i4.427

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