USO DE REJEITOS DA SUINOCULTURA EM CULTIVO DE SOJA NO OESTE PARANAENSE
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v9i04.8634Palavras-chave:
Dejetos. Glycine max. Nutrientes. Orgânico. ProdutividadeResumo
Resíduos orgânicos oriundos da agropecuária, como a suinocultura, podem ser considerados uma alternativa promissora capaz de reduzir e ou substituir as quantidades de fertilizantes químicos aplicados nas culturas agrícolas. Objetivou-se avaliar a efi ciência de dejetos de suínos sobre a cultura da soja. O experimento foi realizado em propriedade particular na safra 2015/2016 em Toledo PR. Foi executado em delineamento de blocos casualizados com cinco tratamentos em quatro diferentes quantidades de dejetos; 0, 25, 50, 75, 100 Mg ha-1, aplicados antes da semeadura da soja, sendo que no tratamento testemunha foi aplicado somente NPK, os demais tratamentos foram compostos de NPK e dejetos. No momento da colheita e posteriormente a mesma, foram avaliados os componentes de produção da cultura e em seguida da obtenção dos resultados, foram submetidos a análise de regressão. Houve resposta signifi cativa em relação às variáveis de rendimento avaliados apresentando resposta linear positiva conforme aumento das doses de dejetos de suínos para as variáveis número de vagens, massa de mil grãos e produtividade. Como os dejetos de suínos não disponibilizam 100% dos nutrientes no primeiro momento, o resultado da aplicação postergou o efeito somente quando as plantas atingiram o período reprodutivo, não interferindo no desenvolvimento vegetativo das plantas. A dosagem máxima foi mais efi ciente no primeiro cultivo, porém, com aplicações simultâneas é recomendável a diminuição das dosagens a fi m de atender as necessidades da cultura, e levando em consideração que altas dosagens podem acarretar na contaminação do solo.
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