CULTIVO DE TILÁPIAS NA TERRA INDÍGENA BRACUÍ, RIO DE JANEIRO, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v10i1.9305Palavras-chave:
Aquicultura, Viveiro escavado, Oreochromis niloticus, Angra dos Reis, Guarani.Resumo
O incentivo da piscicultura em comunidades tradicionais de difícil acesso pode ser uma alternativaviável para o desenvolvimento territorial sustentável, contribuindo com a segurança alimentar e a geração de renda dentro dessas localidades. O cultivo de tilápias Oreochromis niloticus em tanques escavados é uma atividade largamente difundida no Brasil, apresenta uma cadeia produtiva bem consolidada podendo ser viabilizada com um baixo grau tecnológico. Tendo em vista a demanda de representantes da Terra Indígena Bracuí pela inserção da piscicultura e a atuação do serviço de Assitência Técnica e Extensão Rural junto as comunidades tradicionais do Território Rural da Baía da Ilha Grande, este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho zootécnico do cultivo de tilápias em tanques escavados realizado na comunidade. Ao longo de seis meses, foram monitorados dois tanques escavados de produção semi-intensiva (T1 e T2) povoados com alevinos apresentando peso médio inicial de 1,28 gramas. Após 183 dias de acompanhamento os exemplares cultivados atingiram peso médio de 258,2 ±129,0 gramas e 195,6 ±58,7 gramas nos tanques T1 e T2. De um modo geral, os peixes monitorados neste estudo apresentaram um crescimento inferior quando comparado a outras áreas de produção no Brasil. Fatores como a dificuldade de adequação ao protocolo de rotinas de manejo produtivo, a impossibilidade de fertilização prévia dos tanques, o início do cultivo realizado no inverno e a utilização de ração com baixo teor de proteínas durante a fase inicial de cultivo provavelmente influenciaram no lento crescimento dos peixes. A continuidade das ações de ATER se faz necessária para o aprimoramento do cultivo de tilápias pelos indígenas Guarani na Terra Indígena Bracuí.Downloads
Referências
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