Editorial Rev Bras Futebol 2023; v. 16, n. 2
Palabras clave:
Futebol; Soccer; EditorialResumen
Estamos comemorando os nossos 15 anos de atividade com o segundo número de nossa RBF (https://www.rbf.ufv.br/index.php/RBFutebol/issue/view/4). A revista foi criada com o objetivo de ser um pólo de divulgação da ciência aplicada ao futebol no Brasil. Ao longo destes 15 anos tivemos artigos publicados de praticamente todos os principais centros de estudo de futebol de nosso país, como também do exterior, especialmente de Portugal e Espanha, ajudando a nossa revista se tornar mais internacional.
Ao longo de 2024, projetemos algumas reformulações importantes, desde uma reformulação de seu corpo editorial, passando por uma série de normativas na tentativa de nos credenciar para subir na classificação no Qualis CAPES, para B1, algo que já seria uma conquista não somente para o Futebol, mas toda área da Educação Física.
Esse ano de 2023 foi uma data emblemática onde fomos contemplados pela CAPES na classificação de periódicos quadriênio 2017 / 2020 com o conceito B2, estando ao lado de diversas revistas científicas de alto prestígio no Brasil. Isso de certa forma é um reconhecimento do trabalho sério que temos pautado ao longo de muitos anos, buscando trazer uma revista com artigos com um conteúdo que abranja o futebol em toda a sua diversidade, com diferentes olhares, com acesso livre e democrático.
O primeiro artigo desse número é um trabalho desenvolvido na UFJF, UFOP com participação da Universidade de Coimbra (Portugal), um dos maiores centros de estudos de futebol do Mundo. O estudo buscou investigar o efeito de uma temporada de treinamento sobre indicadores multidimensionais do potencial esportivo de jovens futebolistas. Um trabalho com uma perspectiva longitudinal difícil de encontrar. Seus resultados são super interessantes e trazem a importância do controle do treino em categorias de base, visando se a proposta de treinamento foi adequada.
A desidratação durante uma partida ou treinamento de futebol, pode interferir tanto no rendimento, físico como mental, com prejuízo claro sobre a capacidade de rendimento do atleta. O segundo artigo buscou caracterizar o nível de conhecimento e hábitos adotados sobre hidratação em jogadores de futebol. Entender essa situação auxilia a comissão técnica a desenvolver estratégias educacionais e de conscientização do atleta para realizar uma hidratação adequada.
Clubes que disputam a série A do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil podem apresentar um padrão de desempenho influenciado por uma série de fatores. O terceiro artigo tratou de investigar os padrões de jogo ofensivo utilizados pelo Clube Atlético Mineiro na realização dos gols, nas competições da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro de 2021. Essas informações são importantes para se estabelecer a efetividade do padrão tático empregado por uma das principais equipes de futebol do Brasil que foi campeã no mesmo ano. O artigo faz um trabalho minucioso sobre os padrões de jogo classificados em contra-ataque, ataque rápido e ataque posicional, além das jogadas de bola parada. Um artigo de leitura obrigatória para quem trabalha no componente técnico. Esse trabalho foi totalmente desenvolvido a UFV, um dos principais centros de estudos de futebol do Brasil.
O quarto artigo apresenta de forma quantitativa e faz uma análise, sobre um dos grandes problemas do futebol Brasileiro. A volatilidade da função de técnico de futebol em nosso país. O artigo analisa a movimentação de treinadores entre as equipes frente às posições na classificação final do Campeonato Brasileiro Série A, em que se verificou o comportamento de 298 treinadores do Campeonato Brasileiro Série A entre anos 2016 a 2021. Foi um estudo gerado no curso de Especialização em Futebol da UFV, contando com a colaboração de professores da UFJF e UFOP. Os resultados são impactantes, e auxiliam a entender esse fenômeno.
Um dos fatores que mais evoluíram no futebol, foi buscar a elaboração de treinamentos mais inteligentes, denominados treinamento ecológicos. Assim que os Jogos Reduzidos Condiciondos (JRC), ganharam importância nos três eixos centrais, físico, técnico e tático. Hoje é impensável uma periodização sem contar com essa forma de treinamento. Contudo, é importante considerar os diferentes modelos de JRC, pois sua diversidade em sua montagem pode afetar tremendamente os objetivos pretendidos. Uma delas compreende a presença ou não do curinga. Esse último artigo compreende uma breve revisão na literatura disponível entre os anos de 2002 a 2022 anos sobre a utilização do jogador curinga em parâmetros físicos e psicofisiológicos. Um trabalho derivado de uma dissertação de mestrado na UFV com todo um rigor metodológico, com uma análise crítica sobre os desenhos empregados. Esse artigo compreende um conteúdo essencial para quem trabalha no campo, especialmente na perspectiva física do jogo.
A evolução da condição atlética de um jogador passa por uma etapa fundamental que compreende as condutas que devem ser seguidas durante uma fase de recuperação. Fazem parte deste rol de condutas, ações fisioterápicas específicas como a crioterapia, massagens e outros procedimentos, condutas nutricionais, aporte de recursos ergogênicos especiais, além de algo básico como o sono. Nosso último artigo do ano trata exatamente sobre essa questão, sendo o primeiro texto desse assunto em todo acervo da RBF. Essa abordagem é freqüentemente negligenciada por equipes de categorias de base no futebol, ao não levarem em consideração um sono de qualidade de crianças e adolescentes. O artigo buscou analisar as variáveis relacionadas ao sono e comportamentos antes de dormir em atletas de futebol na categoria de base. Os resultados são extremamente importantes para todos os membros de uma comissão técnica que atua com jovens jogadores, já que um prejuízo no sono trará uma redução da capacidade de desenvolvimento em todos os aspectos, físico, técnico e tático.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista Brasileira de Futebol
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.