MERCADO DE TRABALHO E RENDIMENTOS NO AGRONEGÓCIO DE MINAS GERAIS

Autores

  • Nicole Rennó Castro Esalq
  • Geraldo Sant'Ana de Camargo Barros Esalq
  • Alexandre Nunes Almeida Esalq
  • Leandro Gilio Esalq
  • Ana Carolina de Paula Morais Esalq

DOI:

https://doi.org/10.25070/rea.v15i3.490

Resumo

Este estudo dimensiona o mercado de trabalho do agronegócio mineiro, identifica a estrutura deste mercado e o perfil dos trabalhadores nele inseridos, e analisa de forma exploratória aspectos relacionados aos rendimentos das pessoas ocupadas no setor. Utiliza-se como principal base de informações os microdados da PNAD Continua e, de forma auxiliar, informações do CEPEA/ESALQ/USP e da RAIS. Estimou-se que, em 2014, o agronegócio representou 26% das ocupações de Minas Gerais. Verificou-se que o mercado de trabalho do setor é em geral marcado por trabalhadores com baixa escolaridade e elevada informalidade, resultado bastante influenciado pelo segmento primário. Verificou-se ainda que, em média, as pessoas ocupadas no agronegócio auferiram rendimentos 31% menores que os ocupados no demais setores da economia do estado. E, dentro do agronegócio: as mulheres ganharam em média 29% menos que os homens; os empregados com carteira assinada cerca de 67% a mais que os sem carteira assinada e 27% a mais que aqueles que atuam por conta-própria; os empregadores, por sua vez, auferiram rendimentos 264% maiores que os empregados com carteira assinada; os ocupados com ensino superior tiveram rendimentos 352% superiores àqueles sem instrução, 218% superiores àqueles com até ensino fundamental, e 119% superiores àqueles com até ensino médio. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nicole Rennó Castro, Esalq

Doutoranda em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA – ESALQ/USP).  

Geraldo Sant'Ana de Camargo Barros, Esalq

PhD em Economia pela North Carolina State University. Professor Sênior do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Coordenador Científico do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA – ESALQ/USP)

Alexandre Nunes Almeida, Esalq

PhD em Economia Agrícola pela University of Connecticut. Professor Doutor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA – ESALQ/USP).

Leandro Gilio, Esalq

Doutorando em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA – ESALQ/USP).

Ana Carolina de Paula Morais, Esalq

Graduanda em Engenharia Agrnômica pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA – ESALQ/USP).

Referências

BRASIL. Ministério do Trabalho e Educação-MTE. Relação anual de informações sociais. Brasília: MTE. Disponível em: < http://bi.mte.gov.br/bgcaged/login.php/>. Acesso em: 15 mar. 2016.
CAMPOLINA, B.; SILVEIRA, F. G. O mercado de trabalho rural no Brasil e em Minas Gerais: evolução recente, composição da renda e a dimensão regional. Anais do XIII Seminário sobre a Economia Mineira, Diamantina, Cedeplar Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, 2008.
CASTRO, N.R.; SILVA, A.F. BARROS, G.S.C., FACHINELLO, A.L.; GILIO, L. Evolução das principais atividades do agronegócio de São Paulo entre 2008 e 2013. 53º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural – SOBER. Anais... João Pessoa, PB, 26 a 29 de julho de 2015.
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEA/ESALQ-USP). PIBAGRO. Disponível em: http://cepea.esalq.usp.br/pib/>. Acesso em: 24 de mar. 2017.
CUNHA, M.S. Os empregados da agricultura brasileira: diferenciais e determinantes salariais. Revista de Economia e Sociologia Rural. v. 46, n. 3, p. 597-621, 2008.
DAVIS, J.H.; GOLDBERG, R.A. A concept of agribusiness. Journal of Farm Economics, Ithaca, v. 39, n. 4, p. 1042-1045, Nov. 1957.
GALINARI, R.; TEIXEIRA, J.; MORGADO, R. A competitividade da indústria de móveis no Brasil: situação atual e perspectivas. Rio de Janeiro: BNDES Setorial 37, p. 227-272, 2013
GARCIA, J.R. Trabalho Rural: Tendências em face das transformações em curso. In: BUAINAIN, A.M.; ALVES. E.; SILVEIRA, J.M.; NAVARRO, Z. O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola. Brasília: Embrapa, 2014. Parte 4, capítulo 2, p. 559-590.
GASQUES, J. G.; BASTOS, E.T.; VALDES, C.; BACCHI, M.R.P. Produtividade da Agricultura Brasileira e os efeitos de algumas políticas. Revista de Política Agrícola. XXI, n. 3, p. 83-92, 2012.
GASQUES, J. G.; BASTOS, E.T.; VALDES, C.; BACCHI, M.R.P. Produtividade da Agricultura Brasileira: Resultados Para o Brasil e Estados Selecionados. Sober, 52° Congresso, Goiânia, - GO, 2014.
GILIO, L; SILVA, A.F.; BARROS, G.S.C.; FACHINELLO, A.L.; CASTRO, N.R.O Agronegócio em Minas Gerais: Evolução do Produto Interno Bruto entre 2004 e 2015. Revista de Economia e Agronegócio–REA. v. 14, n. 1, 2, 3, 2016.
FURTUOSO, M.C.O.; GUILHOTO, J.J.M. Estimativa e mensuração do produto interno bruto do agronegócio da economia brasileira, 1994 a 2000. Revista de Economia e Sociologia Rural. v. 41, n. 4, 2003.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Contas Regionais do Brasil. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=5>. Acesso em: 1 de abr. 2016.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Notas Metodológicas. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_continua/Notas_metodologicas/notas_metodologicas.pdf>.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Trimestral. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pnad_continua/default.shtm>. Acesso em: 24 de mar. 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Sidra – Sistema IBGE de recuperação automática. Disponível em: < http://www.sidra.ibge.gov.br/>.
MORAES, M. A. F. D. D. O mercado de trabalho da agroindústria canavieira: desafios e oportunidades. Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 11, n. 4, p. 605-619, 2007-12 2007.
OLIVEIRA, F.C.R. Ocupação, Emprego e remuneração na cana-de-açúcar e em outras atividades agropecuárias no Brasil, de 1992 a 2007. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2009.
PINTO, M.A.N.; CUNHA, M.S. Emprego e diferenciais de rendimento no setor agrícola brasileiro: uma análise desagregada por subsetor. Revista de Economia e Agronegócio. v. 12, n.1, 2 e 3. 2014.
REIS, R.P.; MEDEIROS, A.L.; MONTEIRO, L.A. Custos de produção da atividade leiteira na região sul de Minas Gerais. Organizações Rurais & Agroindustriais. v.3, n.2, 2002.
STADUTO, J. A. R.; SHIKIDA, P. F. A.; BACHA, C. J. C. Alteração na composição da mão-de-obra assalariada na agropecuária brasileira. Agricultura em São Paulo, v. 51, n. 2, p. 57-70, 2004.

Downloads

Publicado

2017-12-11

Como Citar

Castro, N. R., Barros, G. S. de C., Almeida, A. N., Gilio, L., & Morais, A. C. de P. (2017). MERCADO DE TRABALHO E RENDIMENTOS NO AGRONEGÓCIO DE MINAS GERAIS. Revista De Economia E Agronegócio, 15(3). https://doi.org/10.25070/rea.v15i3.490

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)