MERCADO DE TRABALHO E RENDIMENTOS NO AGRONEGÓCIO DE MINAS GERAIS
DOI:
https://doi.org/10.25070/rea.v15i3.490Resumo
Este estudo dimensiona o mercado de trabalho do agronegócio mineiro, identifica a estrutura deste mercado e o perfil dos trabalhadores nele inseridos, e analisa de forma exploratória aspectos relacionados aos rendimentos das pessoas ocupadas no setor. Utiliza-se como principal base de informações os microdados da PNAD Continua e, de forma auxiliar, informações do CEPEA/ESALQ/USP e da RAIS. Estimou-se que, em 2014, o agronegócio representou 26% das ocupações de Minas Gerais. Verificou-se que o mercado de trabalho do setor é em geral marcado por trabalhadores com baixa escolaridade e elevada informalidade, resultado bastante influenciado pelo segmento primário. Verificou-se ainda que, em média, as pessoas ocupadas no agronegócio auferiram rendimentos 31% menores que os ocupados no demais setores da economia do estado. E, dentro do agronegócio: as mulheres ganharam em média 29% menos que os homens; os empregados com carteira assinada cerca de 67% a mais que os sem carteira assinada e 27% a mais que aqueles que atuam por conta-própria; os empregadores, por sua vez, auferiram rendimentos 264% maiores que os empregados com carteira assinada; os ocupados com ensino superior tiveram rendimentos 352% superiores àqueles sem instrução, 218% superiores àqueles com até ensino fundamental, e 119% superiores àqueles com até ensino médio.
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