A fraternidade como uma metáfora social
DOI:
https://doi.org/10.32361/2025170121664Palavras-chave:
Irmandade, Revolução Francesa, Poder monárquico, Metáfora social, RepúblicaResumo
O artigo explora a transição do poder monárquico para um sistema republicano, destacando a complexidade da irmandade como uma metáfora social. A Revolução Francesa é abordada em relação à criação de um vácuo de poder, onde a abolição da monarquia resultou na substituição da figura do rei pelo corpo da nação. Este novo poder é descrito como impessoal, refletindo a incapacidade da sociedade de se reconhecer e se estabelecer em uma nova ordem. A fraternidade, nesse contexto, emerge como um conceito que transcende o real, remetendo a uma esfera imaginária caracterizada por laços de descendência e vínculos biológicos. Assim, a fraternidade é apresentada não apenas como um ideal político, mas também como um fenômeno social que busca solidificar as bases da República em um contexto de diversidade e complexidade.
Downloads
Referências
BURKE, Edmund. Reflections on the Revolution in France. ed. Frank M. Turner. New Haven: Yale University Press, 2003.
BURKE, Edmund. Reflexo?es sobre a Revoluc?a?o em Franc?a. Trad. Ivone Moreira. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2015.
DAVID, Marcel. Fraternité et Revolution Française. Paris: Aubier, 1987.
DERRIDA, Jacques. The Politics of Friendship. London: Verso, 1997.
Fischer, Bernd; Mergenthaler, May (eds.). Cultural transformations of the public sphere: contemporary and historical perspectives. Berna: Peter Lang, 2015
FRANÇA. “La Constitution de 1791”, Titre premier: “Dispositions fondamentales garanties par la Constitution”. In: GODECHOT, Jacques (Comp.). Les Constitutions de la France depuis 1789. Paris: Garnier-Flammarion, 1970. p. 1–106.
GAUCHET, Marcel. Des deux corps du roi au pouvoir sans corps. Christianisme et politique. In: Le débat. Volume 14 (1981), p.133–157 e Volume 15 (1981) p. 147–168.
HUNT, Lynn. The Rise and the Fall of the Good Father. In HUNT, Lynn. The Family Romance of the French Revolution. Berkeley: University of California Press, 1992.
KANTOROWICZ, Ernst H. The King‘s Two Bodies: A Study in Mediaeval Political Theology. Princeton: Princeton University Press, 1997.
KOSELLECK, Reinhard (eds.). Geschichtliche Grundbegriffe I. Stuttgart: Klett-Cotta, 1972.
LEFORT, Claude. The Image of the Body and Totalitarianism. In: THOMPSON, John B (ed.). The Political Forms of Modern Society: Bureaucracy, Democracy, Totalitarianism. Cambridge: MIT Press, 1986. p. 292–306.
LIVY. History of Rome I. Volume 24. Trad. B. O. Foster. Cambridge: William Heinemann Ltd, 1919.
LÜDEMANN, Susanne; KOSCHORKE, Albrecht; FRANK, Thomas; MAZZA, Ethel Matala de. Der fiktive Staat: Konstruktionen des politischen Körpers in der Geschichte Europas. Frankfurt: Fischer, 2006.
NANCY, Jean-Luc. The Experience of Freedom. trad. Bridget McDonald. Stanford: Stanford University Press, 1993.
OZOUF, Mona. Fraternity. In FURET, Francois; OZOUF, Mona. A critical dictionary of the French Revolution. Trad. Arthur Goldhammer. Cambridge: Harvard University Press, 1989.
PRODI, Paolo. Das Sakrament der Herrschaft: Der politische Eid in der Verfassungsgeschichte des Okzidents. Berlin: Duncker und Humblot, 1997.
SARTRE, Jean-Paul. Critique of Dialectical Reason, I: Theory of Practical Ensembles. Trad. Alan Sheridan Smith. New York: Verso, 1976.
SCHIEDER, Wolfgang. Brüderlichkeit. In: Geschichtliche Grundbegriffe I. Ed. Reinhard Koselleck. Stuttgart: Klett-Cotta, 1972.
STAROBINSKI, Jean. 1789: The Emblems of Reason. Trad. Barbara Bray. Charlottesville: University Press of Virgina, 1982.
TOCQUEVILLE, Alexis de. The Old Regime and the Revolution. Trad. John Bonner. New York: Harper & Brothers, 1856.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Direito

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O trabalho publicado é de inteira responsabilidade dos autores, cabendo à Revista de Direito apenas a sua avaliação, na qualidade de veículo de publicação científica.
Após a publicação, os autores cedem os direitos autorais, que passam a ser de propriedade da Revista de Direito.
A Revista de Direito não se responsabiliza por eventuais violações à Lei nº 9.610/1998, Lei de Direito Autoral.