DOES THE MINORITY METAPHORIN IN LAW HAVE COLOR?

Authors

  • Sérgio Pessoa Ferro UFPB

Keywords:

Afrocentricity. Right of the child and the adolescent. Decolonization.

Abstract

The article discusses the device of the minority in Brazilian law, its problematic born in the criminal field and the creation of a specific field of know-power to regulate the bodies of children and adolescents in a context of elaboration of the republican project. We start from an afrocentric perspective, in view of the reallocation of the black voices of the margins to the discursive domain of the juridical. Looking at the law as a metaphor, we propose a taking of the word by black men and women in order to establish a protagonism in the process of producing the norm, starting with theory. The genealogy of the subjectivity of the "minor", the guardianship equipment and the birth of a dogmatic one to treat children and adolescents in Brazilian public law reminds us of a past of sanitizing cities and politics of whitening. After all, does the minority metaphor in law have color?

Downloads

Download data is not yet available.

References

AREND, Silvia Maria Fávero. A lei e a construção da noção de menor: em cena os relatórios sociais (Florianópolis, 1930-1940). In: SCHREINER;

AREND (Org.). Infâncias brasileiras: experiências e discursos. Cascavel: Ed. UNIOESTE, 2009.

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Tradução de Dora Flaksman. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidades: notas sobre uma posição disciplinar. In: NASCIMENTO, E. L. (Org.) Afrocentricidade: uma abordagem metodológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009.

BARRETO, Tobias. Menores e loucos em direito criminal. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003.

BOEIRA, Daniel Alves. Modernidade e criminalidade na Primeira República: os patronatos agrícolas e a ressocialização da delinquência juvenil (Santa Catarina, 1918-1930). In: SCHREINER; AREND (Org.). Infâncias brasileiras: experiências e discursos. Cascavel: Ed. UNIOESTE, 2009.

BRASIL. Decreto n. 17.943-A, de 12 de outubro de 1927 (Código de Menores). Consolida as leis de proteção e assistência a menores. Subchefia para assuntos jurídicos [da] Casa Civil [da] Presidência da República. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1910-1929/d17943a.htm> Acesso em: 24 mai. 2013.

BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. CPI destinada a investigar o Problema da Criança e do Menor Carentes no Brasil. A realidade brasileira do menor: relatório. Brasília, Coordenação de Publicações, 1976.

CASTRO Jr., Torquato. A bola do jogo. Uma metáfora “performativa” para o “desafio” da pragmática da norma jurídica. In: ADEODATO, João Maurício;

BITTAR, Eduardo C. B. (Org.). Filosofia e teoria geral do direito. Homenagem a Tercio Sampaio Ferraz Junior. São Paulo: QuartierLatin, 2011, pp. 1075-1087.

CHARAUDEAU; MAINGUENEAU. Dicionário de análise do discurso. Tradução de Fabiana Komesu. São Paulo: Contexto, 2008.

CIVILETTI, V. P. O cuidado às crianças pequenas no Brasil escravista. Revista Cadernos de Pesquisa. São Paulo: 76, 1991, p. 31-40.

DELEUZE, Gilles. Foucault. Tradução de Pedro Elói Duarte. Lisboa: Edições 70, 2005.

DOMINGUES, Petrônio. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Revista Tempo. São Paulo: 2007, p. 100-122.

FOUCAULT. História da sexualidade II: o uso dos prazeres. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

FOUCAULT. Um diálogo sobre os prazeres do sexo; Nietzsche, Freud e Marx; Theatrum Philosoficum. Tradução de Jorge Lima Barreto e Maria Cristina Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy Editora, 2005.

FOUCAULT. A arqueologia do saber. Tradução de Luiz Felipe B. Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.

FOUCAULT. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 2011.

FOUCAULT. Segurança, território, população: curso dado no Collège de France (19771978). Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Raça, cor e outros conceitos analíticos. In: SANSONE; PINHO (Org.) Raça: novas perspectivas antropológicas. Salvador: EDUFBA, 2008.

LEITE, Miriam L. Moreira. A infância no século XIX segundo memórias e livros de viagem. In: História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez, 2001.

LIMA, Fernanda da Silva. A proteção integral de crianças e adolescentes negros: um estudo do sistema de garantia de direitos para a promoção da igualdade racial no Brasil. Dissertação (Mestrado em Direito). Florianópolis: UFSC, 2010.

LIMA, Roberto Kant de. Ensaios de antropologia e de direito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.

LONDOÑO, Fernando Torres. A origem do conceito menor. PRIORI, Mary Del (Org.). História da criança no Brasil. São Paulo: Contexto, 1996.

MASAMA, Ama. Afrocentricidade como novo paradigma. In: NASCIMENTO, E. L. (Org.) Afrocentricidade: uma abordagem metodológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009.

PARINI, Pedro. A noção de direito entre conceito e metáfora. Revista Primafacie. João Pessoa: PPGCJ, v. 13, n. 24, 2014.

PARINI, Pedro. Ironia e metáfora na filosofia do direito. Revista Primafacie. João Pessoa: PPGCJ, v. 10, 19, ano 10, jul.-dez., 2011, p. 67-100.

PASSETTI, Edson. O menor no Brasil Republicano. In: PRIORI, Mary Del (Org.). História da criança no Brasil. São Paulo: Contexto, 1996.

PASSETTI, Edson. Anarquismos e sociedade de controle. São Paulo: Cortez, 2003.

QUIJANO, Anibal. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

SANTOS, Boaventura de Souza. Renovar a teoria critica e reinventar a emancipação social. Tradução de Mouzar Benedito. São Paulo: Boitempo, 2007.

SCHEINVAR, Estela. Idade e proteção: fundamentos legais para a criminalização da criança, do adolescente e da família (pobres). In:

NASCIMENTO, Maria Lívia do. Pivetes: a produção de infâncias desiguais. Rio de Janeiro/Niterói: Oficina do Autor/Intertexto, 2002, p. 83-109.

SCHUCH, Patrice. Práticas de justiça: uma etnografia do “campo de atenção do adolescente infrator” no Rio Grande do Sul, depois do Estatuto da Criança e do Adolescente. 2005. 345 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, UFRS: Porto Alegre, 2005.

SOUZA, Laura de Mello e. O senado da câmara e as crianças expostas. In: PRIORI, Mary Del (Org.). História da criança no Brasil. São Paulo: Contexto, 1996.

UNIC. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: http://unicrio.org.br/img/DeclU_D_HumanosVersoInternet.pdf. Acesso em: 30 out. 12

WARAT, L. A. A rua grita Dionísio! Direitos humanos da alteridade, surrealismo e cartografia. Tradução de V. A. de Assis, J. C. Marcellino Jr. e A. M. da Rosa. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.

Published

2017-10-11

How to Cite

FERRO, S. P. DOES THE MINORITY METAPHORIN IN LAW HAVE COLOR?. Revista de Direito, [S. l.], v. 9, n. 01, p. 217–249, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/revistadir/article/view/252703892017090108. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

Articles