PROPOSTA DE DELIMITAÇÃO DE UNIDADES CLIMÁTICAS PARA A REGIÃO DA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS
Resumo
Compreender a variabilidade dos elementos do clima, assim como a sua relação com outros atributos naturais, compõe um arcabouço de conhecimentos indispensáveis no desenvolvimento de políticas públicas sociais, ambientais e econômicas. Neste contexto, as classificações climáticas assumem um importante papel, uma vez que através da sistematização de dados atmosféricos e permitem uma compreensão sintética das principais características climáticas de um determinado espaço. Este trabalho propõe a delimitação de unidades climáticas na mesorregião da Zona da Mata de Minas Gerais, alicerçada na proposta metodológica desenvolvida por Novais (2019). Sua proposta é baseada na delimitação de unidades climáticas organizadas de maneira hierárquica, partindo de áreas mais abrangentes até as escalas geográficas menores, sendo elas: Clima Zonal, Domínios Climáticos, Subdomínios, Tipos, Subtipos, Mesoclima e Topoclima. Os parâmetros utilizados para definir as unidades climáticas consideram a temperatura média do mês mais frio (TMMMF), a quantidade de meses secos, a influência de sistemas atmosféricos e seus efeitos na precipitação pluviométrica, e nas passagens de frentes frias com possibilidade de formação de geadas. Os dados climatológicos são oriundos de fontes primárias, como as estações fixas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e da Agência Nacional das Águas (ANA), e de fontes secundárias, neste caso os dados de reanálise do algoritmo Climatologies at high resolution for the earth’s land surface areas (CHELSA). Foi possível delimitar na área de estudo quatro domínios, sendo eles: Domínio Tropical, Domínio Tropical Ameno, Domínio Subtropical e Domínio Subtropical Frio. A classificação possibilitou o início de um processo de refinamento da classificação climática para a área, oferecendo um maior nível detalhamento.