(Re)Pensando as relações sino-africanas
Uma análise crítica sobre os discursos Sul-Sul de cooperação e de solidariedade internacional
Resumo
O presente artigo objetivou tensionar, por meio de análise crítica dos discursos Sul-Sul de cooperação e solidariedade internacional, a atuação da China na África. As relações sino-africanas são seculares; entretanto, só conheceram progresso após a revolução chinesa, ocorrida em 1949, momento que coincide com intensos movimentos independentistas na África. A Conferência de Bandung (1955) oficializou e deu outra roupagem às referidas relações. Os discursos de amizade, solidariedade, igualdade, proferidos na ocasião pelo então Primeiro Ministro chinês, Zhou Enlai, passaram a nortear essas relações. No entanto, apesar do uso excessivo desde então, tais discursos são contrariados por alguns fatos decorrentes da atuação da potência asiática no continente conforme se concluiu com esta pesquisa, razão pela qual se defende que tais relações sejam repensadas. Para atingir o objetivo preconizado fez-se o uso do método qualitativo, com base no qual foi feito o levantamento e análise da literatura corrente sobre o tema.