AS FUNDAÇÕES DE APOIO PRIVADAS: NOTAS PARA A ANÁLISE DE UMA REALIDADE HETERONÔMICA
DOI:
https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v1i1.16Palavras-chave:
fundações de apoio, autonomia universitária, heteronomia cultural.Resumo
Os rumos das políticas públicas para a educação superior, na sociedade contemporânea, evidenciam um projeto de sociedade pautado nos ajustes para a adequação à lógica mercantilista neoliberal. É perceptível a difusão de uma nova linguagem que se apropria de palavras-chave forjadas nas lutas sociais e no fazer acadêmico, ressignificando-as. A universidade paulatinamente vem sendo relexicalizada como educação terciária; a sociedade civil, de lócus em que ocorrem as lutas sociais, é convertida em um espaço de harmonia e colaboração, não raramente assumindo o lugar do mercado, e em nome da autonomia universitária, as contra-reformas instituem a heteronomia.
Nesse contexto, a universidade pública autárquica ou fundacional pública sofre alterações não só por meio da “reforma do Estado”, mas também pela proliferação das chamadas fundações de apoio privadas, intermediárias das parcerias público-privadas que celebram contratos com fins particularistas em detrimento da autonomia universitária.
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