A construção da escola de tempo integral: relações entre as opções político-pedagógicas da secretaria de educação (macro) e da escola (micro)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v9i2.979

Palavras-chave:

Escola de tempo integral. Política educacional. Processo decisório.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar o processo de construção de uma escola de tempo integral, sistematizando as relações entre as opções político-pedagógicas definidas no âmbito da Secretaria Municipal de Educação (macro) e as opções político-pedagógicas definidas no âmbito da escola (micro). O artigo é resultado da parceria com uma escola pública do interior de São Paulo e as informações foram coletadas por meio de observações das oficinas de enriquecimento curricular desenvolvidas no contraturno, reuniões com a equipe gestora e grupos de discussão/formação com professores e gestores durante o horário de estudo coletivo. O artigo traz evidências acerca da multidirecionalidade da política pública, destacando que a escola e seus sujeitos não devem ser vistos como meros executores da política pública; são também, em certa medida, (re)formuladores da política pública.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cláudia da Mota Darós Parente, Universidade Estadual Paulista

Professora da Universidade Estadual Paulista (Campus Marília/Campus Presidente Prudente).

Referências

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 abr. 2017.

BRASIL. Decreto nº 6.253, de 13 de novembro de 2007. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, regulamenta a Lei n 11.494, de 20 de junho de 2007, e dá outras providências. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/D6253.html>. Acesso em: 10 abr. 2017.

BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em: 10 abr. 2017.

COELHO, Lígia Martha Coimbra da Costa. Alunos no ensino fundamental, ampliação da jornada escolar e Educação Integral. Educação em Revista, Curitiba, n. 45, p. 73-89, jul./set. 2012.

DIAS, Reinaldo; MATOS, Fernanda. Políticas públicas: princípios, propósitos e processos. São Paulo: Editora Atlas, 2012. 264p.

DOMINGUES, Isaneide. Grupos dialogais: compreendendo os limites entre pesquisa e formação. In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro; FRANCO, Maria Amélia Santoro (Orgs.). Pesquisa em educação: alternativas investigativas com objetos complexos. São Paulo: Edições Loyola, 1. ed., 2006. P. 165-182.

DRAIBE, Sonia Miriam. Metodologia de análise comparativa de programas sociais. 1991. Disponível em: <http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/33735/S9100594_es.pdf?sequence=1>.Acesso em: 10 abr. 2017.

FALKEMBACH, Elza Maria Fonseca. Diário de campo: um instrumento de reflexão. Contexto e Educação, Ijuí, v. 2, n. 7, p. 19-24, jul./set. 1987.

FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Trad. Guacira Lopes Louro. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 208p.

HÖFLING, Heloisa de Matos. Estado e políticas (públicas) sociais. Cadernos Cedes, Campinas, v. 21, n. 55, p. 30-41, nov. 2001.

LIMA, Licínio C. A escola como organização educativa. São Paulo: Cortez, 2011. 208p.

LINDBLON, Charles Edward. O processo de decisão política. Brasília, DF: UNB, 1981. 124p.

SILVA, Pedro Luiz Barros; MELO, Marcus André Barreto de. O processo de implementação de políticas públicas no Brasil: características e determinantes da avaliação de programas e projetos. Caderno NEPP/UNICAMP, Campinas, n. 48, p. 1-16, 2000.

NÓVOA, António. As organizações escolares em análise. Portugal: Dom Quixote, 1999. 188p.

PARENTE, Cláudia da Mota Darós. A construção dos tempos escolares: possibilidades e alternativas plurais. 2006. 173f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, 2006.

PARENTE, Cláudia da Mota Darós. Construindo uma Tipologia das Políticas de Educação Integral em Tempo Integral. Roteiro, Joaçaba, v. 41, n. 3, p. 563-586, set./dez. 2016.

PARENTE, Cláudia da Mota Darós. Programa Mais Educação: impactos e perspectivas nas escolas do campo. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 11, n. 2, p. 439-454, jun./ago. 2017.

PETITAT, André. Produção da escola, produção da sociedade: análise sócio-histórica de alguns momentos decisivos da evolução escolar no ocidente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 268p.

RIBETTO, Anelice; MAURÍCIO, Lúcia Velloso. Duas décadas de educação em tempo integral: dissertações, teses, artigos e capítulos de livros. Em Aberto, Brasília, v. 22, n. 80, p. 137-160, abr. 2009.

Downloads

Publicado

2018-11-20

Como Citar

PARENTE, C. da M. D. A construção da escola de tempo integral: relações entre as opções político-pedagógicas da secretaria de educação (macro) e da escola (micro). Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 9, n. 2, p. 330–346, 2018. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v9i2.979. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/7050. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos