AVALIAÇÃO BROMATOLÓGICA DOS RESÍDUOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DA MANDIOCA E SEU APROVEITAMENTO EM RAÇÃO PARA ANIMAIS RUMINANTES

Resumo

Popularmente conhecida como mandioca, a raiz desta planta (Farinha Euforbiácea, do gênero Manihot) serve como matéria prima para o processo de produção de farinhas de mesa (farinha fina, biju, farofa temperada entre outras) e de fécula ou amido, porém a utilização da mandioca como fonte de carboidratos para produção de álcool (etanol) não é nenhuma novidade. A raiz da planta é fonte de amido e a quebra desta molécula resulta em açúcares fermentescíveis que são então transformados em álcool através de um processo bioquímico. O processo de industrialização da mandioca gera resíduo e quando se trata de produzir álcool, há produção de vinhaça, considerada como o principal efluente gerado pelas usinas sucroalcooleiras. O processo da industrialização da mandioca acontece em fábricas conhecidas como farinheiras ou casas de farinha, já as que industrializam o amido são conhecidas como fecularias. De pequeno a grande porte, estas indústrias precisam lidar com os resíduos que são gerados no processo. O aproveitamento de resíduos só vem trazer vantagens às indústrias, tais como: atendimento as normas ambientais, sustentabilidade e geração de renda. Tudo isso faz criar uma imagem positiva das empresas diante da sociedade, passando a ganhar mais credibilidade e alcançar novos horizontes no mercado. Neste trabalho, os resíduos casca, entre-casca, raspa, manipueira e vinhaça foram avaliados através de análises bromatológicas. O objetivo foi avaliar o potencial nutritivo destes resíduos no preparo de ração para o tratamento de animais ruminantes. Os resultados obtidos mostraram que a mistura de casca, entre-casca e raspa de mandioca com vinhaça pode ser considerada como alimento energético, mas que possui considerável valor proteico, devido ao enriquecimento com vinhaça, podendo ser facilmente utilizada nas dietas de animais ruminantes.