FITOTOXICIDADE DE ESPÉCIES DE ASTERACEAE CULTIVADAS SOBRE GRAMÍNEAS INFESTANTES RESISTENTES AO GLIFOSATO
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v9i1.3044Palavras-chave:
alelopatia, inibição, germinação, crescimento, controle naturalResumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade fitotóxica dos extratos etanólicos de folhas de Guizotia abyssinica (níger) e Carthamus tinctorius (cártamo), espécies cultivadas pertencentes à família Asteraceae, sobre gramíneas infestantes e relatadas como resistentes ao glifosato (azevém e capim-amargoso). Os extratos brutos etanólicos das plantas cultivadas foram preparados na proporção de 100 g de material vegetal seco para 500 ml de etanol. Após concentração, estes foram solubilizados em solução tampão e dimetil sulfóxido (DMSO) nas concentrações de 10,0; 7,5; 5,0; 2,5 e 0 mg ml-1. Os bioensaios de germinação de sementes e crescimento do azevém e capim-amargoso foram realizados em condições controladas de laboratório. Os extratos etanólicos de níger e cártamo exerceram atividade inibitória sobre a germinação de sementes de ambas gramíneas receptoras, aumentando particularmente o tempo médio de germinação. O crescimento radicular de ambas as espécies foi sensível aos extratos etanólicos, com efeito mais pronunciado nas maiores concentrações testadas. As espécies de Asteraceae avaliadas apresentam propriedades fitotóxicas e podem ser consideradas como alternativa no controle das plantas daninhas estudadas, com base em produtos naturais.
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Referências
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Publicado
2019-03-30
Como Citar
Gomes, A. A., Donato, A. F., & Anese, S. (2019). FITOTOXICIDADE DE ESPÉCIES DE ASTERACEAE CULTIVADAS SOBRE GRAMÍNEAS INFESTANTES RESISTENTES AO GLIFOSATO. Revista Brasileira De Agropecuária Sustentável, 9(1). https://doi.org/10.21206/rbas.v9i1.3044
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