Manejo para a recuperação de forrageiras perenes estivais a danos por geada
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v9i3.8144Keywords:
ambiente controlado, frio, intensidade, tolerância, resiliênciaAbstract
Na região sul do Brasil, é frequente a ocorrência de geadas no inverno. Este evento climático pode provocar a morte das plantas, ou de suas partes. Portanto, o objetivo com este trabalho foi avaliar os danos por geada em cinco espécies/cultivares de forrageiras perenes estivais (Capim Áries, Convert HD364, Capim Tangola, Jiggs e Missioneira-gigante), bem como a recuperação das plantas na estação subsequente após a remoção ou não da massa de forragem previamente a ocorrência das geadas. O trabalho foi conduzido na Universidade do Oeste de Santa Catarina. No experimento de campo, ocorreram duas geadas, a primeira com moderada intensidade (-2°C) e a segunda com baixa intensidade (-0,5°C). Plantas em vasos foram submetidas a geadas artificiais em câmara BOD, com intensidade de -2°C e -4°C. Previamente ao período de ocorrência de baixas temperaturas, perfilhos de cada cultivar foram marcados. Os danos nas folhas de cada perfilho foram avaliados sete dias após cada geada. O percentual de dano foi composto pelo dano médio das folhas de cada perfilho, avaliado de forma visual, sempre pelo mesmo avaliador. A espécie missioneira-gigante tem alta tolerância a geadas. Cultivares do gênero Brachiaria (Urochloa) apresentam reduzida tolerância a danos por geadas. Dentre as cultivares com boa tolerância a geadas estão a Jiggs e Áries, com ressalva a cultivares com hábito de crescimento cespitoso ereto, que podem apresentar dificuldades na cobertura de solo após a morte de plantas posterior a geadas severas. O manejo de remoção ou não da massa previamente a geada não impactou na população de perfilhos na estação subsequente. Mais trabalhos devem ser realizados em locais com maior frequência e intensidade de geadas para validar esta informação. A avaliação de danos por geadas em plantas forrageiras em ambiente controlado apresenta-se como alternativa viável para a definição de níveis de tolerância a este evento climático.Downloads
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