ANÁLISE DO IMPACTO DA PRODUÇÃO FLORESTAL NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E AMBIENTAL DE MATO GROSSO DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v8i4.3032Palabras clave:
bioeconomia, econometria, florestas nativas e plantadas, modelagem, setor agroflorestalResumen
O Brasil é o maior exportador de celulose do mundo, e a maior expansão do setor florestal brasileiro ocorreu em Mato Grosso do Sul, especialmente com relação à produção de celulose e papel. O desenvolvimento gerado pelo setor madeireiro, de florestas nativas e plantadas, pode ser visto como uma combinação de fatores internos e externos, com aplicação na cadeia produtiva. Nesse contexto, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar o impacto da produção de produtos madeireiros de florestas nativas e plantadas no desenvolvimento econômico e ambiental do Estado de Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste do Brasil, entre 2000 e 2014. O procedimento metodológico consistiu em pesquisa exploratória sobre a atividade setorial, com o uso de
banco de dados secundários disponíveis nos sites do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para extração das variáveis econômicas e ambientais, aplicando-se modelos econométricos de regressão múltipla
com dados longitudinais. Os resultados mostraram externalidades positivas geradas pela produção de madeira plantada para o desenvolvimento econômico e, ainda, para o meio ambiente. A produção madeireira de florestas
nativas não apresentou impacto econômico, influenciando negativamente o meio ambiente. O impacto gerado pela liberdade econômica também foi analisado, ou seja, o grau de abertura comercial no setor, resultando choque positivo da política de atração de investimentos para o setor agroflorestal. As evidências empíricas e os modelos econométricos apresentados podem ser utilizados para auxiliar os policy-makers e produtores na tomada de decisões mais coerentes e sistêmicas, contribuindo para o setor no qual o Brasil é maior exportador
mundial. A pesquisa ainda contribui para uma lacuna na literatura, com estudos aplicados para as atividades produtivas da região Centro-Oeste do Brasil.
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