Contato improvisação e Viewpoints
Quebra-cabeças da criação em dança
Resumo
Este artigo propõe um dialogo entre o Contato Improvisação (PAXTON, 1993; KEOGH, s.d.) e os princípios dos Viewpoints (BOGART, LANDAU, 2005), guiado pelas abordagens dos registros de Martin Keogh, e dos resultados da pesquisa pós doutoral da autora. Ambos os métodos apresentam pensamentos similares de não hierarquia, escuta corporal, organização do pensamento em rede conectiva, caráter de jogo e por emergirem do mesmo celeiro vanguardista da Judson Church Theatre. São propostas distintas, mas proporcionam experiências criativas que, como num jogo de quebra-cabeças, vão se articulando e aguçando a criatividade dos dançarinos nos movimentos improvisados. O processo de construção do trabalho artístico ganha complexidade à medida que novas relações vão sendo estabelecidas (SALLES, 2008). Assim, a criação em dança é vista como uma rede de conexões cognitivas e sensoriais. A improvisação é a poderosa ferramenta que envolve os artistas, suas relações com a cultura e a ampla troca de informações no seu entorno.