Experiências inventivas na formação em saúde: um debate sobre políticas cognitivas
DOI:
https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v12i01.11271Palavras-chave:
Formação em saúde, Políticas cognitivas, TecnologiasResumo
A política cognitiva gera espaços de agenciamentos que engendram modos de ensinar e de produzir conhecimento. Este artigo objetiva descrever experiências de ensino produzidas por docentes da área da saúde, mediadas por distintas tecnologias, que possibilitaram a experimentação de uma aprendizagem inventiva, conformando uma política cognitiva que direciona o professor para diferentes modos de ensinar e de se relacionar, seja com seus pares, com os estudantes ou com a tecnologia, contribuindo para a transformação dos regimes cognitivos. Este é um estudo de caso apoiado no método cartográfico. Percebe-se que, quando os professores produzem práticas pedagógicas não lineares e problematizadoras, estabelecem contradições com o instituído, possibilitando o estabelecimento de controvérsias, de articulações e novas associações entre alunos, professores e tecnologias muito mais potentes para a formação de profissionais da saúde com perfil humanista, crítico, inventivo e colaborativo.
Downloads
Referências
ALVES, Lynn. Games e educação: a construção de novos significados. Revista Portuguesa de Pedagogia, n. 2, v.1, p.225-36, 2008.
ALVES, Lynn. Práticas inventivas na interação com as tecnologias digitais e telemáticas: o caso do Gamebook Guardiões da Floresta. Revista Educação Pública, n.25, v.59/2, p.574-593, 2016.
FUCK, Rafael Schilling. Da recognição e da cognição inventiva: uma cartografia das experiências de programação por estudantes de escolas públicas do ensino fundamental (tese). Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2016.
GAVILLON, Póti. Videogames e políticas cognitivas (mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
GAVILLON, Póti; BAUM, Carlos, MARASCHIN, Cleci. Dos modelos às políticas: O papel da representação nas Ciências Cognitivas. Estudos de Psicologia, n. 22, v.2, p.144-151, 2017.
KASTRUP, Virgínia. A invenção de si e do mundo: uma introdução do tempo e do coletivo no estudo da cognição. Campinas: Papirus; 1999.
KASTRUP, Vírgínia. Políticas cognitivas na formação do professor e o problema do devir-mestre. Revista Educação e Sociedade, n. 26, v.93, p.1273-88, 2005.
KASTRUP, Virgínia. O lado de dentro da experiência: atenção a si e produção de subjetividade numa oficina de cerâmica para pessoas com deficiência visual adquirida. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, n.28, v.1, p.186-199, 2008.
LATOUR, Bruno. Reagregando o Social. Salvador: EDUFBA; 2012.
MARASCHIN, Cleci; AXT, Margareth. Acoplamento Tecnológico e Cognição. In: Vignero J, Oliveira V.B.(org). Sala de aula e Tecnologias. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2005.
MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
PRETTO, Nelson de Luca. Uma escola sem/com futuro: educação e multimídia 8ªed. Salvador: EDUFBA, 2013.
RODRIGUES, Sheyla Costa; MARASCHIN, Cleci; LAURINO, Débora Pereira. Rede de conversação, formação de professores e tecnologias digitais. Cadernos de Educação, n.30, v.1, p.235-44, 2008.
ROMAN, Cassiela et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem no processo de ensino em saúde no Brasil: uma revisão narrativa. Clinical and Biomedical Research, n.37, v.4, p.349-57, 2017.
SCHLEMMER, Eliane; LOPES, Daniel de Queiroz. Avaliação da aprendizagem em processos gamificados: desafios para apropriação do método cartográfico. In: ALVES, Lynn, COUTINHO, Isa (org). Jogos digitais e aprendizagem: fundamentos para uma prática baseada em evidências. Campinas: Papirus, 2016.
TEDESCO, Silvia Helena; SADE, Christian; CALIMAN, Luciana Vieira. A entrevista na pesquisa cartográfica. Fractal- Revista de Psicologia, n.25, v.2, p.299-322, 2013.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Educação em Perspectiva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Educação em Persspectiva.