Aprender a Língua Inglesa: um imperativo da contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v12i01.11553Palavras-chave:
Língua Inglesa, Capital Humano, EmpreendedorismoResumo
O artigo apresenta resultados de uma pesquisa que analisou os sentidos atribuídos à aprendizagem da Língua Inglesa (LI) na contemporaneidade. O corpus é formado por redações de candidatos à vaga de docente de inglês em uma instituição de ensino no RS, entre 2016 e 2018. Como aportes teóricos, recorreu-se a autores como Michel Foucault, Sylvio Gadelha e López-Ruiz, operando com os conceitos de empreendedorismo de si e Capital Humano. Os resultados apontam que: 1) os professores percebem a aprendizagem da LI como forma de transformarem seus futuros, contribuindo para uma nação desenvolvida; 2) a LI completa o aprendiz com aquilo que ele necessita para ser, estar e agir na sociedade neoliberal; 3) saber inglês é considerado indispensável para a obtenção de “grandes empregos” e cargos “melhores”. A pesquisa concluiu que a LI é uma ferramenta associada ao sucesso profissional, configurando-se, ao mesmo tempo, em forma de in/exclusão.
Downloads
Referências
ANDRADE, Rita. Teoria do Capital Humano e a qualidade da educação nos estados brasileiros. 75f. Monografia. (Graduação em Economia), Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2010.
ARAÚJO-SILVA, Gisvaldo Bezerra. Língua inglesa: um universo imperativo na constituição de sujeitos contemporâneos. 438f. Tese. (Doutorado em Educação), Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2012.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
BRASIL. Medida Provisória nº 746, de 2016. Presidência da República. Casa Civil. Diário Oficial da União, Brasília, D. F., 08 ago 2016.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996). Diário Oficial da União, Brasília, D.F, 23 dez. 1996.
BUJES, Maria Isabel. Descaminhos. In: COSTA, M. V. (Org.). Caminhos investigativos II: outros modos de pensar e fazer pesquisa em educação. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007. p. 34-56.
DIAS, Gustavo Ferreira. Tecnologias digitais na sala de aula: percepções e práticas de professores de língua inglesa de João Pessoa. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras), Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2018.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. Foucault e a análise do discurso em educação. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.114, p.197-223, nov. 2001.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
GADELHA, Sylvio. Biopolítica, governamentalidade e educação: introdução e conexões, a partir de Michel Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2009a.
GADELHA, Sylvio. Governamentalidade Neoliberal, Teoria do Capital Humano e Empreendedorismo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 34, n.2, p. 171-186, ago. 2009b.
HERNANDEZ, Maria Inês Oliveira. O discurso de materiais digitais de ensino de inglês para negócios: conflito de vozes na constituição de subjetividades do sujeito corporativo num mundo globalizado. 307f. Tese (Doutorado em Letras), Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014.
KLAUS, Viviane. Desenvolvimento e governamentalidade (neo)liberal: da administração à gestão educacional. 228f. Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2011.
LEITE, Patrícia Mara Carvalho Costa. Yes, vamos correr para “dominar” a língua: como a língua inglesa é representada em dois textos da veja. 247f. Dissertação (Mestrado em Letras), Universidade Federal de São João del-Rei. São João del-Rei, 2013.
LOPES, Maura Corcini. Políticas de inclusão e governamentalidade. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 34, n. 2, p. 153-169, mai./ago. 2009.
LÓPEZ-RUIZ, Osvaldo Javier. O ethos dos executivos das transnacionais e o espírito do capitalismo. 385f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2004.
LÓPEZ-RUIZ, Osvaldo Javier. O consumo como investimento: a teoria do capital humano e o capital humano como ethos. Mediações, Londrina, v. 14, n.2, p. 217-230, jul/dez. 2009.
LORENZI, Fabiane. Um herói contemporâneo em Você S/A: problematizando a produção do sujeito empreendedor. 88f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social e Institucional), Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2014.
MIRANDA, Nilva Conceição. Ensino de língua inglesa no Brasil, políticas educacionais e a formação do sujeito da educação básica. 112 f. Dissertação. (Mestrado em Educação), Faculdade de Educação, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2015.
PARMA, Alan Febraio. Ensino infantil da Língua Inglesa no Brasil: uma análise discursiva da evidência do “quanto mais cedo melhor”. 168f. Dissertação (Mestrado), Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2013.
SANTOS, Marla Soares. Relações de poder: análise do discurso de duas escolas idiomas. 105f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada), Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2009.
SARAIVA, Karla; VEIGA-NETO, Alfredo. Modernidade Líquida, Capitalismo Cognitivo e Educação Contemporânea. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 34, n.2, p. 187-201, jan/jun. 2009.
SCHULTZ, Theodore. O valor econômico da educação. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
SENNETT, Richard. A cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2008.
TAVARES, Larissa Ferreira. Condenados a vencer: a atuação do SEBRAE na produção discursiva do indivíduo empreendedor de si mesmo. 156f. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2014.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Educação em Perspectiva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Educação em Persspectiva.