A alfabetização sem confins

Autores

  • Mitsi Pinheiro de Lacerda Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v8i1.684

Palavras-chave:

Alfabetização. Pré-escola. Infância.

Resumo

 O artigo indaga sobre algumas condições que configuram a recorrência de uma antiga pergunta nas pautas da educação: “a criança deve ser alfabetizada na educação infantil?”. A pergunta é atribuída à figura de um suposto “perguntador” que sustentaria as seguintes crenças: (i) a alfabetização dispõe de início, meio e fim; (ii) a alfabetização é uma prática sistematizada que cumpre currículos prescritos, é direcionada por métodos e aprimorada por exames e (iii) o alfabetizar difere do brincar. As conversações que tratam da existência desta pergunta são conduzidas em diálogo com diversos autores e com breve observação realizada na educação infantil. O artigo está dividido em três partes e, a princípio, há o convite por observar com estranhamento a pergunta, de forma a desvelar algumas concepções que a influenciam. A seguir, é inserido um relato de forma a buscar pistas de práticas alfabetizadoras. Por fim, as conclusões refutam a concepção mecanicista de alfabetização.


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Biografia do Autor

Mitsi Pinheiro de Lacerda, Universidade Federal Fluminense

Professora do Departamento de Ciências Humanas e do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

2017-06-06

Como Citar

LACERDA, M. P. de. A alfabetização sem confins. Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 8, n. 1, p. 20–35, 2017. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v8i1.684. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/6827. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos