Perfis dos universitários beneficiados pela política de ação afirmativa na UFV
DOI:
https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v7i2.798Palavras-chave:
Política de ação afirmativa, Lei 12.711, de 2012, Universidade Federal de Viçosa.Resumo
Este artigo descreve e analisa dados de perfil de estudantes que ingressaram no campus de Viçosa da UFV pela reserva de vagas, no primeiro ano de implementação da Lei 12.711, de 2012. Os atributos de perfil considerados foram idade, sexo, tipo de estabelecimento de ensino médio frequentado e origem geográfica de 480 estudantes cotistas. A maior parte dos cursos ocupados predominantemente por estudantes cotistas egressos de escolas estaduais e moradores de Viçosa e microrregião, preparam para carreiras de baixo status social, indiciando processos de segregação por carreiras. As mulheres, apesar de ser maioria dentre os estudantes cotistas, estão em menor número nos cursos das áreas de ciências agrárias e exatas, indicando a persistência da hierarquia de gênero nas carreiras acadêmicas também na situação de reserva de vagas. Os dados apontam para a possibilidade de surgimento de outros mecanismos de recrudescimento das desigualdades em um contexto de implementação de política de ação afirmativa e expansão do acesso à educação superior, e, portanto, para a confirmação da hipótese da desigualdade efetivamente mantida (LUCAS, 2001). Porém, inegavelmente, as cotas proporcionam o encontro das diferenças no espaço público e, certamente, uma Universidade mais marcada pela diferença do que pela exclusão, beneficiará tanto os estudantes cotistas e não cotistas, como a própria universidade pública e o país.
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