Narrativas de professores sobre avaliação

como avaliar o estudante sem reduzi-lo a números finais?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v10i.7105

Palavras-chave:

Avaliação, Narrativas, Formação Docente

Resumo

A avaliação em sala de aula é um componente intrínseco ao processo de ensino e aprendizagem, não podendo ser dissociado ou ignorado. É um aspecto controverso, pois depende da concepção que cada docente carrega, relacionado à sua concepção de educação. Objetiva-se neste artigo analisar como professores de diferentes áreas do conhecimento cursando uma segunda licenciatura, em pedagogia, compreendem o processo avaliativo no âmbito da sala de aula. Para isso, adensamos as narrativas de 18 professores em quatro grupos: Avaliação como processo no dia- a dia de sala de aula; Avaliação como possibilidade de reflexão da ação docente; Diferentes estratégias de avaliação; e Avaliação Qualitativa versus Quantitativa. Constatou-se que os professores concebem a avaliação como processo contínuo, considerando que é necessário amparar-se em conhecimentos teóricos incorporados na prática, pois só assim será possível efetuar a difícil tarefa de avaliar de forma inclusiva, participativa e emancipadora.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carla Melo da Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Educação em Ciências e Matemática PUCRS. Mestra em Educação em Ciências e Matemática PUCRS. Licenciada em Química e Pedagogia.

Mônica da Silva Gallon, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Educação em Ciências e Matemática pela PUCRS. Mestra em Educação em Ciências e Matemática pela PUCRS.

Zulma Elizabete de Freitas Madruga, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Doutora em Educação em Ciências e Matemática. Professora Adjunta da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB. Docente do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática - PPGEM/UESC.

Referências

ARAGÃO, Rosália Maria Ribeiro de. Compreendendo a investigação narrativa de ações escolares de ensino e aprendizagem no âmbito da formação de professores. In: 27ª Reunião Anual da ANPEd. Anais... Minas Gerais: Caxambu, 2004. p. 18-33.

BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. 3 ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.

BOLÍVAR, António. O esforço reflexivo de fazer da vida uma história. Revista Pátio. São Paulo, n. 43, ano XI, p. 12-15, ago./out. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a base. Brasília: DF, 2017.

BRUNER, Jerome. A construção narrativa da realidade. Tradução de Waldemar Ferreira Netto. Critical Inquiry. Chicago, v. 18, n. 1, p. 1-21, 1991.

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

CLANDININ, Jean; CONNELLY, Michael. Pesquisa Narrativa: experiência e história em pesquisa qualitativa. 2. ed. revisada. Uberlândia: EDUFU, 2015.

DUTRA, Elza. A narrativa como uma técnica de pesquisa fenomenológica. Estudos de Psicologia. Natal, v. 7, n. 2, p. 371-378, jul. 2002.

ENRICONE, Délcia. Pressupostos teóricos sobre a prática avaliativa. In: ENRICONE, Délcia; GRILLO, Marlene Correro (org.). Avaliação: uma discussão em aberto. 1 ed. Porto Alegre/RS: EDIPUCRS, 2000. p. 27-42.

FREITAS, Luiz Carlos de et al. Avaliação educacional: caminhando pela contramão. Petrópolis: Vozes, 2014.

FREITAS, Maria Teresa Menezes; FIORENTINI, Dario. As possibilidades formativas e investigativas da narrativa em educação matemática. Horizontes. Itatiba/São Paulo, v. 25, n. 1, p. 63-71, jan./jun. 2007.

GALVÃO, Cecília. Narrativas em Educação. Ciência & Educação. Bauru/São Paulo, v. 11, n. 2, p. 327-345, 2005.

GATTI, Bernadete Angelina. O professor e a avaliação em sala de aula. Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo, n. 27, p. 97-114, jan./jun. 2003.

GRILLO, Marlene Correro; LIMA, Valderez Marina do Rosário. Especificidades da avaliação que convém conhecer. In: GRILLO, Marlene Correro; GESSINGER, Rosana Maria (org.). Por que falar ainda em avaliação? 1 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010. p. 15-21.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2012.

JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico.

São Paulo: Cortez, 2011.

NÓVOA, Antônio. Vida de professores. Porto: Porto Editora, 1995.

SCHÖN, Donald A. Educando o professor reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SUÁREZ, Daniel Hugo. Documentación narrativa de experiencias pedagógicas: indagación-formación-acción entre docentes. In: PASSEGGI, Maria da Conceição; SILVA, Vivian Batista da (org.). Invenções de vidas, compreensão de itinerários e alternativas de formação. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

Publicado

2019-12-29

Como Citar

SILVA, C. M. da; GALLON, M. da S.; MADRUGA, Z. E. de F. Narrativas de professores sobre avaliação: como avaliar o estudante sem reduzi-lo a números finais? . Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 10, p. e019037, 2019. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v10i.7105. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/7105. Acesso em: 19 abr. 2024.