MORFOLOGIA DE FITÔMEROS DE CAPIM-ELEFANTE

Resumo

O conhecimento das características morfológicas dos fitômeros permite melhor compreensão das plantas forrageiras, o que é a base para sua adequada utilização. Dessa forma, esse trabalho foi conduzido para caracterizar a morfologia de fitômeros de Pennisetum purpureum cv. Cameroon (capim-elefante) manejado sob regime de corte. Dois experimentos foram realizados em delineamento inteiramente casualizado com três repetições. No primeiro, foram avaliados fitômeros oriundos das porções basal, mediana e apical do perfilho basal e vegetativo de capim-elefante e, no segundo, foi caracterizada a morfologia de fitômeros dos perfilhos basais e aéreos. De modo geral, quando comparado aos fitômeros mais basais, o fitômero da porção apical apresentou menores comprimento (13,5 cm) e percentagem de nó mais entrenó (32,3%), percentagem de folha morta (0,0%), diâmetro do entrenó (0,8 cm) e comprimento da gema axilar (1,4 cm). Padrões de respostas contrários foram observados para o comprimento e a largura da lâmina foliar, e a percentagem de folha verde, que foram superiores na porção apical do perfilho. Com relação à origem dos perfilhos, o basal apresentou fitômeros com maiores diâmetro do entrenó (0,9 cm), comprimento (89,2 cm) e largura (3,3 cm) da lâmina foliar, peso (3,4 g) e percentagem de nó mais entrenó (59,3%), quando cotejado ao perfilho aéreo. Porém, as percentagens de lâmina foliar viva e de bainha foliar viva apresentaram padrões de respostas contrários. O tipo de perfilho não influenciou os comprimentos do entrenó e da bainha foliar. Os fitômeros da porção apical do perfilho vegetativo, bem como aqueles oriundos do perfilho aéreo de capim-elefante, têm morfologia apropriada à produção animal.