VARIABILIDADE ESPACIAL DA VEGETAÇÃO E A PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGEM MONOESPECÍFICA: PROPOSTA DE UM MODELO CONCEITUAL

Autores

  • Manoel Eduardo Rozalino Santos

DOI:

https://doi.org/10.21206/rbas.v1i1.22

Resumo

Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de apresentar um modelo conceitual que considera a variabilidade espacial da vegetação no pasto monoespecífico como característica determinante da produção primária e secundária no ambiente pastoril. Segundo o modelo, as condições ambientais influenciam a variabilidade espacial da vegetação no pasto. Outros fatores de heterogeneidade também estão presentes na pastagem, tais como o pastejo seletivo, a deposição de fezes e urina e o pisoteio dos ruminantes. Esses fatores fazem com que existam no mesmo pasto diferentes grupos morfológicos, que são plantas ou perfilhos da mesma espécie de planta forrageira, com características morfogênicas e morfológicas distintas. O fluxo de tecidos de cada grupo morfológico é influenciado pelos fatores ambientais, de modo que os perfilhos de cada grupo morfológico possuem características morfogênicas (alongamento de folha e de colmo, aparecimento de folha e tempo de vida da folha) distintas, o que, consequentemente, determina as suas características estruturais (tamanho da folha e do colmo, densidade populacional de perfilho e número de folha viva por perfilho). O somatório das características estruturais de cada grupo morfológico corresponde à estrutura horizontal ou variabilidade espacial da vegetação no pasto. Esta é sensível às ações antrópicas de manejo do pastejo e da pastagem e altera o microclima no pasto, o que desencadeia modificações na morfogênese dos grupos morfológicos. A estrutura horizontal também influencia o comportamento ingestivo dos ruminantes, o que tem efeitos sobre o consumo de forragem e o desempenho animal. Outro fator que influencia o consumo e, consequentemente, o desempenho animal é o valor nutritivo da forragem, que é resultado da estrutura de cada grupo morfológico existente no pasto. Por outro lado, as características morfogênicas de cada grupo morfológico condicionam o potencial de produção de forragem do pasto e, juntamente com a eficiência de pastejo, determinam a taxa de lotação da pastagem. O desempenho animal, em conjunto com a taxa de lotação, determina a geração de produto animal por unidade de área.

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Publicado

2011-07-01

Como Citar

Manoel Eduardo Rozalino Santos. (2011). VARIABILIDADE ESPACIAL DA VEGETAÇÃO E A PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGEM MONOESPECÍFICA: PROPOSTA DE UM MODELO CONCEITUAL. Revista Brasileira De Agropecuária Sustentável, 1(1). https://doi.org/10.21206/rbas.v1i1.22

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