PERFIL DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO ORA-PRO-NOBIS EM DOIS CONTEXTOS REGIONAIS DE MINAS GERAIS: PERSPECTIVAS DE AGREGAÇÃO DE VALOR
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v6i4.365Palavras-chave:
Hortaliças tradicionais, Comercialização, Pereskia aculeata MillResumo
Plantas tradicionais como ora-pro-nobis, podem contribuir para a diversificação agrícola e segurança alimentar. A falta de um sistema de produção e comercialização dificulta o seu resgate e disseminação. Objetivouse identificar o perfil da produção e da comercialização do ora-pro-nobis em três contextos regionais de Minas Gerais, além das possibilidades de agregação de valor ao produto, que motivem e orientem a sua produção e comercialização em bases mais seguras. Nesta pesquisa, caracterizaram-se esses aspectos por meio de visitas a feiras e propriedades em Sabará, Viçosa e Belo Horizonte - Minas Gerais, Brasil. Em Viçosa, os produtores cultivam de 1 a 11 plantas
de ora-pro-nobis em locais marginais da propriedade. A oferta de ora-pro-nobis é esporádica, em molhos de 300 a 700 g e preços entre R$ 1,00 a R$ 1,80. Em Sabará, a produção chega a 200 plantas em uma das propriedades selecionadas, onde o produto é vendido em sacos plásticos com 250 g de folhas, de R$ 2,00 a R$ 3,00. O mesmo
conteúdo em bandejas de isopor é comercializado por R$ 4,00, em hipermercados de Belo Horizonte. A produção e comercialização de ora-pro-nobis é ainda rudimentar o que dificulta seu estabelecimento como cultura agrícola e produto comercial no contexto avaliado. Os preços praticados, a tradição cultural, o possível aumento de escala, a regularidade de oferta e a apresentação conveniente, em especial o uso de embalagens em saco plástico e bandeja de isopor, agregam valor ao produto proporcionando maior geração de renda. Esses fatores conjugados tornam o ora-pro-nobis uma alternativa atraente de renda e inserção do agricultor familiar no mercado.
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