Violência sexual intrafamiliar na Comarca de Viçosa: Caracterização de vítimas, agressores e tratamento jurídico.
Abstract
Este artigo tem por objetivo discutir a violência sexual intrafamiliar de crianças na Comarca de Viçosa, tomando-se por base os processos analisados no âmbito da Vara da Infância do Fórum de Viçosa – MG, sede da Comarca, no período compreendido entre os anos de 2002 e 2016. Utilizou-se um estudo de corte transversal pautado em levantamento de dados secundários subtraídos em processos judiciais. A partir da análise destes processos buscou-se caracterizar o perfil das vítimas e dos agressores e o tratamento jurídico dado a cada um dos casos. Na análise dos dados conclui-se que violência sexual intrafamiliar é cercada de tabu e silêncio por parte das famílias, as vítimas preferenciais são meninas sendo que os agressores se valem da proximidade e da confiança de suas vítimas e que em todos os casos analisados na Comarca. Como resultado principal observou-se que nenhum agressor foi condenado por falta provas.
Downloads
References
COUTO. S. L. S. O Abuso Sexual Infantil Intrafamiliar à Luz da Terapia Familiar Sistêmica. Disponível em: http://www.srosset.com.br/monografias/o-abuso-sexual.html Acesso em 22 de outubro de 2016.
CENTRO REGIONAL AOS MAUS TRATOS NA INFANCIA – CRAMI (Org.). Abuso sexual doméstico: atendimento às vítimas e responsabilização do agressor. (Série Fazer Valer os Direitos, Vol. 1). São Paulo: Cortez: Brasília, DF: UNICEF, 2002.
FALCO. V. M. G; MELCHIORI, L. B. Conceito de família: Adolescentes de zona rural e urbana. Disponível em: http://books.scielo.org/id/krj5p/pdf/valle-9788598605999-07.pdf. Acesso em 20 de outubro de 2016.
FALEIROS, E. Abuso sexual contra crianças e adolescentes: os (des)caminhos da denúncia. Brasília: Presidência da República, Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2003.
FERRARI, D.C.A.; VECINA, T.C.C. O fim do silêncio na violência familiar: teoria e prática. São Paulo: Ágora, 2002.
FURNISS, T. Abuso Sexual da Criança: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre, Artmed, 2002.
GOMES, R.; DESLADES, S. F.; VEIGA, M. M, BHERING, C.; SANTOS, J. F. C. (2002). Por que as crianças são maltratadas? Explicações para a prática de maus-tratos infantis na literatura. Cadernos de Saúde Pública,18(3), 707-714.
HABIGZANG, L. F. et al. Abuso Sexual Infantil e Dinâmica Familiar: Aspectos Observados em Processos Jurídicos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 21, n. 3, p. 341-348, Set/Dez. 2005. Disponível: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v21n3/a11v Acesso em: 12 de setembro de 2016.
HABIGZANG, L. F; KOLLER, S. H. Violência contra crianças e adolescentes: teoria, pesquisa e prática. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2012.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Cidades. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/v3/cidades/home-cidades. Acesso em 08 de dezembro de 2016.
KOLLER, S. H. Violência doméstica: uma visão ecológica. In Amencar (Org.), Violência doméstica. p. 32 – 42, Ed. UNICEF. Brasília, 2000.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Violência contra a criança e o adolescente. Proposta preliminar de prevenção e assistência à violência doméstica. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes Acesso em 05 de setembro de 2016.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. O impacto da violência na saúde do brasileiro. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/impacto_violencia.pdf Acesso em 05 de setembro de 2016.
MIRANDA, A. T.; YUNES, M. A. M. O ato da denúncia de abuso sexual contra crianças e adolescentes no ambiente escolar. In M. L. P. Leal, M. F. P. Leal, & R. M. C. Libório (Orgs.), Tráfico de pessoas e violência sexual (pp.167-190). Brasília: VIOLES/SER/Universidade de Brasília, 2007.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. 10. rev. São Paulo: EDUSP, 2002. v. 1.
PERRONE, R.; NANNINI, M. Violência y abusos sexuales em la família: una visión sistêmica de las conductas sociales violentas. Buenos Aires: Paidós, 2007.
SANDERSON, C. Abuso sexual em crianças: fortalecendo pais e professores para proteger crianças de abusos sexuais. São Paulo: M.Books, 2005.
SANTOS C. A. Enfrentamento da Revitimização: a escuta de crianças vítimas de violência sexual. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.
SANTOS; S. S.; DELL´AGLIO, D.D. Quando o silêncio é rompido: o processo de revelação e notificação de abuso sexual infantil. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/psoc/v22n2/13.pdf Acesso em 10 de outubro de 2016.
Downloads
Published
Versions
- 2020-12-04 (3)
- 2020-12-04 (2)
- 2019-06-27 (1)