Valores organizacionais declarados e praticados na Universidade Federal de Santa Catarina

Autores/as

  • Thiago Soares Nunes Universidade Federal de Santa Catarina
  • Suzana da Rosa Tolfo Universidade Federal de Santa Catarina
  • Ivonete Steinbach Garcia Sociedade Educacional de Santa Catarina (SOCIESC)

DOI:

https://doi.org/10.21118/apgs.v0i0.5323

Palabras clave:

Valores, Cultura organizacional, Universidade, Setor público, Servidores públicos federais

Resumen

Os valores organizacionais, um dos principais elementos para o estudo da cultura organizacional, representam princípios e crenças que norteiam a vida da organização e das pessoas. Portanto, o objetivo deste artigo é descrever a percepção de servidores docentes e técnico-administrativos em relação aos valores organizacionais declarados e praticados na Universidade Federal de Santa Catarina. Neste estudo quali-quanti, respondido por 214 participantes, identificou-se que os valores ligados ao ensino (internacionalizada; acadêmica e de qualidade; culta; atuante), que tem relação com os discentes, são os mais praticados dentro da Universidade. Porém, constatou-se que a maior parte dos valores declarados são menos praticados. Existem incongruências entre os valores declarados e praticados que impedem os mesmos de serem praticados, como: excesso de burocracia, falta de interesse da gestão, má administração, política, corporativismo, falta de ética, e outros. Estes elementos faz com que os trabalhadores tenham dificuldades para se identificar com os valores organizacionais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Thiago Soares Nunes, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAdm) da Universidade Federal de Santa Catarina (2016), com período sanduíche no Departamento de Psicologia Social da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB/Espanha). Mestre em Administração pela UFSC (2011), Especialização em Gestão de Pessoas nas Organizações pela UFSC (2008), Graduação em Administração pela UFSC (2007). Pesquisador do Núcleo de Estudos de Processos Psicossociais e de Saúde nas Organizações e no Trabalho (NEPPOT/UFSC).

Suzana da Rosa Tolfo, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora do Programa de Graduação e Pós-Graduação em Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutora em Administração pela Universidade Federal de Rio Grande do Sul (2000). Mestre em Administração pela UFSC (1991). Especialização em Dificuldades de Aprendizagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1986). Graduação em Psicologia pela UFSC (1985). Coordenadora Núcleo de Estudos de Processos Psicossociais e de Saúde nas Organizações e no Trabalho (NEPPOT/UFSC).

Ivonete Steinbach Garcia, Sociedade Educacional de Santa Catarina (SOCIESC)

Doutora em Psicologia Organizacional e do Trabalho pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre em Psicologia Organizacional e do Trabalho pela UFSC (2010). Especialista em Gestão de Pessoas nas Organizações pela Universidade Federal de Santa Catarina (FEPESE/2006). Especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho pela Faculdade Estácio de Sá (2007). Graduada em Psicologia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2005). Pesquisadora associada ao Núcleo de Estudos do Trabalho e Constituíção do Sujeito (NETCOS), do Departamento de Psicologia da UFSC. Diretora e Consultora Organizacional (PSYCHÉ - Clínica de Psicologia e Consultoria Organizacional). Docente na SOCIESC/FGV em cursos de graduação e pós-graduação. Docente na Pós Graduação em Gestão Estratégica de Pessoas da Faculdade SENAC.

Citas

Baldridge, V. J. (1982). Estruturacion de politicas e liderazgo efectivo en la educacion superior. México: Noema.

Carbone, P. (2000). Cultura organizacional do setor público brasileiro: desenvolvimento de uma metodologia de gerenciamento da cultura. Revista de Administração Pública, 34(2), 1-5.

Dominico, S. M. R., & Latorre, S. Z. (2008). A relação entre tipos de cultura organizacional e valores organizacionais. In: M. L. M. Teixeira (Org.). Valores humanos & gestão: novas perspectivas (pp. 245-269). São Paulo: Editora Senac.

Durham, E. R. (2006). A autonomia universitária: extensão e limites. In: STEINER, J. E.; MALNIC, G. (Org.). Ensino Superior: conceito e dinâmica (pp. 79-124). São Paulo: EDUSP.

Ferreira, M. C., & Assmar, E. M. L. (1999). Perspectivas epistemológicas, teóricas e metodológicas no estudo de cultura organizacional. Revista Educação e Tecnologia. Curitiba, 4, 1-11.

Finger, A. P. (1988). Gestão acadêmica. In: A. P. Finger (Org.). Gestão Acadêmica em Universidade: Organização, Planejamento, Gestão. Florianópolis (SC), UFSC/CPGA/NUPEAU.

Fleury, M. T. L. (1987). Estória, mitos, heróis: cultura organizacional e relações de trabalho. Revista de Administração de Empresa - RAE. Rio de Janeiro, 27(4), 7-18.

Fleury, M. T. L. (1996). O desvendar a cultura de uma organização – uma discussão metodológica. In: M. T. L. Fleury & R. M. Fischer (Coords). Cultura e poder nas organizações (pp. 15-27). 2.ed. São Paulo: Atlas.

Freitas, M. E. (1991). Cultura organizacional: grandes termas em debate. Revista de Administração de Empresa - RAE. São Paulo, 31(3), 73-82.

Freitas, M. E. (2007). Cultura Organizacional: evolução e crítica. São Paulo: Thomson Learning.

Garcia, I. S. (2016). Interconexões entre valores e confiança organizacionais: o caso de uma empresa familiar da grande Florianópolis. 2016. 352p. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis.

Gaulejac, V. (2007). Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Aparecida, SP: Idéias & Letras.

Gil, A. C. (2007). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas.

Gouvêa, R. Q. (2008). Da filosofia dos valores a uma ciência dos valores. In: TEIXEIRA, M. L. M. (Org.). Valores humanos e gestão: novas perspectivas (pp. 17-45). São Paulo: Editora Senac.

Hofstede, G. (1980). Culture’s consequences: international differences in work related values. Beverly Hills: Sage.

Katz. D., & Kahn, R. L. (1974). Psicologia social das organizações. São Paulo: Atlas.

Lacombe, B. M. B., & Tonelli, M. J. (2004). O paradoxo básico da administração de recursos humanos: o discurso versus a prática de gestão de pessoas nas empresas. In: F. C. Vasconcelos & I. F.G. Vasconcelos. Paradoxos organizacionais: uma visão transformacional (pp. 53-74). São Paulo: Pioneira.

Ludke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

Minayo, M. C. S. (Org.). (1994). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes.

Pires, J. C. S., & Macêdo, K. B. (2006). Cultura organizacional em organizações públicas no Brasil. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, 40(1), 81-105.

Porto, J. B., & Pilati, R. (2010). Escala revisada de valores relativos ao trabalho – EVT-R. Psicologia: reflexão e crítica. Porto Alegre, 23(1), 73-82.

Reorganiza UFSC. (2013). Grupo de Trabalho Reorganiza UFSC. Secretaria de Gestão de Pessoas – SEGESP. UFSC. Relatório. Florianópolis.

Richardson, R. J. (2008). Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas.

Schein, E. H. (2001). Guia de sobrevivência da cultura corporativa. Rio de Janeiro: José Olímpio.

Schein, E. H. (2009). Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas.

Silva, A. L. G., & Silva, N. (2010). Percepções de valores organizacionais declarados de uma organização educacional. Interação em Psicologia, 14(1), 83-92.

Silva, N., & Zanelli, J. C. (2004). Cultura organizacional. In: J. C. Zanelli, J. E. Borges-Andrade & A. V. B. Bastos. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil (pp. 407-442). Porto Alegre: Artmed.

Smircich, L. (1983). Concepts of culture and organizational analysis. Administrative Science Quarterly, 28(3), 339-358.

Tamayo, A. (1996). Valores organizacionais. In: A. Tamayo, J. E. Borges-Andrade & W. Codo (Orgs.). Trabalho, Organizações e Cultura (pp. 175-193). São Paulo: Cooperativa de Autores Associados.

Tamayo, A. (2004). Cultura e saúde nas organizações. Porto Alegre: Artmed.

Tamayo, A. (2006). Valores organizacionais e comprometimento afetivo. Revista de Administração Mackenzie, 6(3), 192-213.

Tamayo, A. (2007). Contribuições ao estudo dos valores pessoais, laborais e organizacionais. Psicologia: teoria e pesquisa, 23, 17-24.

Tamayo, A., & Borges, L. O. (2006). Valores do trabalho e das organizações. In: M. Ros & V. V. Gouveia (Orgs.). Psicologia social dos valores humanos: desenvolvimentos teóricos, metodológicos e aplicados (pp; 397-431). São Paulo: Editora Senac São Paulo.

Teixeira, M. L. M. (2008). Dignidade organizacional: valores e relações com stakeholders. In: M. L. M. Teixeira (Org.). Valores humanos & gestão: novas perspectivas (pp. 81-92). São Paulo: Editora Senac.

Triviños, A. N. S. (1992). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

UFSC. Universidade Federal de Santa Catarina. Plano de Desenvolvimento Institucional 2010 a 2014. Florianópolis: UFSC, 2010. Disponível em: <http://pdi.paginas.ufsc.br/files/2011/03/PDI-2010-2014.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2014.

Zanelli, J. C., & Silva, N. (2008). Interação humana e gestão: a construção psicossocial das organizações de trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Zanini, M. T. (2007). Confiança: o principal ativo intangível de uma empresa. Rio de Janeiro: Elsevier.

Publicado

2018-04-14

Cómo citar

Nunes, T. S., Tolfo, S. da R., & Garcia, I. S. (2018). Valores organizacionais declarados e praticados na Universidade Federal de Santa Catarina. Revista De Administração Pública E Gestão Social, 123–135. https://doi.org/10.21118/apgs.v0i0.5323

Número

Sección

Artículos