A luta pela terra em Sergipe
uma análise dos acampamentos nos anos 2009 e 2018
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v33i2.12033Palavras-chave:
Luta, Acampamentos de sem-terra, Assentamento, Reforma AgráriaResumo
Para milhares de camponeses brasileiros, a luta por terra representa uma jornada de sobrevivência e reprodução familiar, uma vez que essa luta se estende na busca de condições favoráveis à reprodução simples ou expandida da família. Foram utilizados dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, de Sergipe (INCRA-SE). Contrastamos informações encontradas em 2009 com a realidade apresentada em 2018. Os resultados mostram que o Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) precisa atuar em dois níveis igualmente importantes e complexos: tomar medidas para garantir o acesso à terra a milhares de trabalhadores rurais, assim como as condições necessárias para que essas famílias retomem suas vidas nos assentamentos. Os dados mostram que o número de famílias que ainda não tiveram acesso à terra (acampadas ao redor do latifúndio e nas margens de rodovias, ou marginalizadas nas cidades) é maior do que o número daqueles que atingiram a condição de assentados.
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