Potenciais e limites de movimentos sociais com foco em ativismo alimentar
reflexões a partir do estudo de caso do Slow Food Brasil
DOI:
https://doi.org/10.31423/oikos.v34i1.13212Palavras-chave:
movimentos sociais, ativismo alimentar, Slow Food BrasilResumo
O movimento social Slow Food Brasil é abordado neste artigo, como parte de uma discussão sobre o ativismo alimentar. O objetivo é identificar e discutir potenciais de transformação e limites de atuação na busca por uma alimentação mais justa, saudável e sustentável. São usadas entrevistas com membros do movimento e pesquisa documental. Entre os principais resultados, percebe-se que há limites na atuação do movimento principalmente quanto ao financiamento de suas atividades e ao volume de pessoas fortemente engajadas no ativismo; há potencialidades transformadoras na coerência entre objetivos e ações, na amplitude de suas alianças com outros movimentos e instituições, no estabelecimento de conexões fortes entre produtores e consumidores, bem como no alcance nacional, com intercâmbios internacionais e atenção às particularidades locais. A partir das discussões, considera-se que movimentos de ativismo alimentar têm potencial de ampliação de sua luta, pela variedade e profundidade dos aspectos contemplados pelo tema da alimentação.
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